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Homem é encontrado morto às margens da BR-262

Para a Polícia Civil, a hipótese de um homicídio doloso não está descartada

A Polícia Civil investiga a morte de João Carlos Campos Salazar, 47 anos, residente no bairro Vila Haro. O corpo do morador foi encontrado por volta das 9 horas de domingo (3), na pastagem de uma propriedade rural situada às margens do km 22 da BR-262 (que liga Três Lagoas à Água Clara).

Conforme o inspetor Sylvio da Costa Jardim Neto, chefe da Delegacia da PRF em Três Lagoas, o corpo foi localizado pelos policiais depois que a família solicitou o auxilio da polícia para as buscas. “Aos policiais que atenderam a ocorrência, os familiares, que já estavam procurando por ele [Salazar] há algum tempo, explicaram que havia informações que Salazar estaria naquela região”, explicou o inspetor.

Duas equipes da PRF participaram das buscas e conseguiram localizar o corpo. Salazar estava longe da margem da pista, já depois de uma cerca e dentro de uma propriedade rural.

Conforme o delegado Orlando Sacchi, da 2ª Delegacia de Polícia e que atendeu o caso, a suspeita da família surgiu depois de um telefonema anônimo. Ao delegado, familiares e testemunhas informaram que no dia 31 de dezembro, Salazar havia dito que iria para Campo Grande, onde passaria o Natal, de ônibus. E, desde então, não havia dito mais notícias dele.

No fim de semana, a família teria recebido uma ligação de um orelhão. “Sabe-se apenas que era a voz de um homem do outro lado, dizendo que Salazar estaria naquela região onde fora encontrado. Foi quando os próprios familiares começaram as buscas. No caminho, os parentes encontraram uma equipe da Polícia Militar Ambiental (PMA), que chamaram a PRF”, completou Orlando.
Sacchi explicou que a Polícia Civil trabalha com a possibilidade de que Salazar tenha morrido entre a noite de sexta-feira (1º) e a madrugada de sábado (2). A estimativa se deve ao estado em que o corpo foi localizado: já em início de fase de putrefação. Pelo estado em que foi encontrado, o corpo deveria estar no local há três dias.

Para o delegado, a possibilidade de um homicídio doloso está longe de ser descartada. A hipótese foi levantada depois de um exame preliminar feito pela Perícia que encontrou o que pode ser um sinal de pancada na cabeça.

“No entanto, não há nada confirmado. Para afirmar se foi, ou não, um
homicídio, preciso do laudo do IML (Instituto Médico Legal). Por enquanto, estamos trabalhando com o caso de morte à esclarecer”,concluiu o delegado.
No dia em que o corpo foi localizado, policiais civis realizaram uma varredura pela área e não encontraram aquele que poderia ser o objeto utilizado como arma do crime, mas nada fora encontrado.

Segundo o delegado, um inquérito policial será instaurado pela 2ª Delegacia de Polícia. Orlando não soube informar se o caso será presidido por ele ou pelo delegado Rogério Makert Faria, titular da delegacia. Na manhã de ontem, três familiares de Salazar foram ouvidos. A princípio, a polícia não tem pistas do que teria acontecido.

Se confirmada a suspeita de homicídio, o caso também deverá ser encaminhado à Delegacia de Investigações Gerais (DIG). O corpo de Salazar foi liberado para a família ainda no domingo. Sacchi explicou que a vítima tinha passagens pela polícia por tráfico de drogas.

ASSASSINATOS

Caso seja confirmado o homicídio de Salazar, este poderá ser o primeiro homicídio de 2010. O mês de dezembro encerrou com dois homicídios em Três Lagoas, depois de um mês inteiro (novembro) sem mortes. No ano, foram 39º assassinatos; 42% a mais se comparado ao ano de 2008, quando28 pessoas foram assassinadas no Município.