A Polícia Militar (PM) ainda realiza buscas para tentar localizar o interno que Laércio Freitas, 34 anos, que fugiu do presídio de regime semi-aberto nesta madrugada. O fato ocorreu por volta das 2 horas de hoje (11), na casa que abriga temporariamente a unidade penal, no bairro Interlagos. Conforme informações da polícia, o albergado fugiu por um buraco para a instalação de condicionadores de ar. Ele quebrou o concreto que tapava o espaço e escapou pelo muro da casa vizinha. Antes de fugir, o interno ainda teria ameaçado os agentes penitenciários que estavam de plantão
A fuga causou espanto entre os agentes penitenciários. Pelas regras do regime, o interno do semi-aberto pode ficar fora do estabelecimento para trabalhar durante o dia e retornar pouco antes de anoitecer para dormir. Freitas fugiu cerca de cinco horas antes da saída de todos os internos, o que fez com que a polícia levantasse a possibilidade de que o interno passava por uma crise de abstinência de drogas.
Policiais militares foram chamados logo após a fuga, no entanto, não conseguiram localizá-lo. O interno havia sido transferido para o semi-aberto há menos de dez dias. O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac).
SEMI-ABERTO
Desde o final do ano passado – quando a Justiça Estadual determinou a interdição do antigo prédio – a unidade do semi-aberto é uma casa adaptada para abrigar os internos. Atualmente, são cem albergados que cumprem pena no local.
O novo prédio está sendo construído na saída para Campo Grande, bairro Vila Haro. A expectativa é que a obra, orçada em mais de R$1,7 milhão, seja inaugurada em setembro deste ano.
São 85,05 m² de área construída para abrigar o triplo da capacidade da unidade atual: 300 presos. Além dos alojamentos dos internos, a unidade terá setor educacional, galpão de trabalho, capela, enfermaria, área de serviço, cozinha e outros setores.
Para o diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Deusdete Oliveira, o novo prédio também irá ajudar a desafogar o sistema penitenciário, pois permitirá ao judiciário a aplicação de mais penas alternativas. Hoje, 50% dos internos da Penitenciária de Segurança Média – regime fechado – são presos provisórios.
