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Prisão Preventiva

Justiça decreta prisão de lutadores acusados de estupros e roubos em MS

Ação conjunta das polícias do Estado e de São Paulo resulta na captura dos suspeitos que teriam praticado uma série de crimes em casas de prostituição

Polícia incentiva denúncias de mulheres que tenham sido vítimas da dupla - Foto: Reprodução/ Redes Sociais
Polícia incentiva denúncias de mulheres que tenham sido vítimas da dupla - Foto: Reprodução/ Redes Sociais

A Justiça determinou a prisão preventiva de dois lutadores de Jiu-Jítsu, nesta sexta-feira (25). Erberth Santos, tricampeão mundial de jiu-jítsu, e o lutador André Pessoa são suspeitos de cometer estupros e roubos em casas de prostituição nas cidades de Três Lagoas e Campo Grande.

Erberth, tricampeão mundial do esporte, e André foram detidos na quinta-feira (24), em Boituva, no interior do estado de São Paulo, em uma ação que envolveu as polícias de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Erberth Santos já possui histórico com a polícia e teria sido preso cinco vezes, algumas delas por roubo, antes de se dedicar ao esporte. 

De acordo com a Delegada Letícia Mobis, da Delegacia de Atendimento à Mulher de Três Lagoas, os suspeitos foram abordados pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, quando tentavam fugir de Três Lagoas. "Eles estavam com um carro em nome do Erberth, com 26 celulares, uma faca e com uma quantia em dinheiro grande. Isso chamou atenção, então em contato com os policiais daqui, foi passada a informação do que estava ocorrendo e acabram detidos e apresentados na delegacia".

Investigação

Até o momento, as investigações indicam que quatro mulheres foram vítimas de estupro. No entanto, a polícia não descarta a possibilidade de que o número de vítimas seja maior.

Os dois lutadores haviam sido contratados para participar de um seminário de jiu-jítsu na cidade de Aquidauana, município a 140 quilômetros de Campo Grande, mas o evento foi cancelado após relatos de consumo de drogas e comportamento problemático com a organização por parte da dupla.

Na madrugada de terça-feira, já na Capital, os atletas teriam praticado arrastão e estupros em casas de prostituição, depois seguiram para Três Lagoas, na divisa com São Paulo, onde teriam cometido os mesmos crimes.

A polícia já ouviu as vítimas, que reconheceram os autores por fotos, como esclarece a delegada Letícia Mobis.

"Elas estavam muito abaladas, principalmente a que sofreu estupro. Uma delas nós nem conseguimos localizar porque ela foi embora da cidade na mesma noite. Narraram a situação de amaeaça de arma de fogo, ameaça com faca e agressão física", afirmou.

Os dois lutadores marcavam encontros com as vítimas pela internet ou por telefone. E a abordagem era sempre de forma agressiva, assim que chegavam ao local, anunciavam o assalto e amarravam as vítimas, depois, cometiam roubos e violentavam as mulheres.

Os suspeitos ainda estão no interior de São Paulo. Não há confirmações sobre possível transferência para Mato Grosso do Sul, onde as investigações estão concentradas.