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Operação reduz número de roubos em Três Lagoas

Desde o começo deste ano, já foram mais de cinco grandes operações

A operação conjunta entre policiais civis e militares no combate ao crime organizado pode ter influenciado na redução dos índices de roubos registrados em Três Lagoas nesta semana.

De acordo com o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Washington Geraldo de Oliveira, a corporação não possui dados concretos para comparar a redução, no entanto, no dia-dia, pode se ter uma “base”. “As nossas estatísticas são mensais, por isto, não há um levantamento semanal. Porém, no dia seguinte à operação, quarta-feira (2), não tivemos registros de ocorrência de roubos. Provavelmente, deu uma boa reduzida. Estes índices já haviam caído após a operação Refém, e agora, diminuiu ainda mais”, explicou.

A equipe de reportagem buscou, por meio do Sistema Integrado de Gestão Operacional (SIGO), de Mato Grosso do Sul, as ocorrências registradas em Três Lagoas do dia 2 ao dia 10 deste mês. Pelo sistema, constaram apenas três assaltos: nos dias 4, 7 e 9.

Geraldo explica que desde o começo deste ano, já foram mais de cinco grandes operações, a maioria delas em parceria com a Polícia Civil, realizadas no combate ao crime de roubo em Três Lagoas e região.

A primeira foi a Operação Carnaval, esta realizada apenas pela Rondas Táticas do Interior (Rotai), que resultou na apreensão de mais de 60 armas de fogo em Três Lagoas. Em abril, os policiais realizaram a “operação de Selvíria”, duas operações realizadas no mesmo mês e que resultou na morte de três assaltantes em confrontos com a polícia. Dois policiais ficaram feridos.

Em maio, o comando da PM deflagrou a “Operação Saturação”, em combate à violência e que resultou na apreensão de armas e drogas no Município.
No dia 30 de julho, policiais civis e militares realizaram a “Operação Refém”, até este mês, a maior de todas em relação ao número de presos: dez acusados. Na época, a operação foi deflagrada para combater o assalto a residências que vinham ocorrendo na Cidade e com uma característica especifica: o cárcere privado das vítimas. Treze suspeitos foram presos ao todo, entre eles sete adolescentes. Desde total, dez foram autuados.

E a mais recente, que por conta do imediatismo, não teve um nome especifico, no começo deste mês, que resultou na prisão de 25 pessoas acusadas de terem ligação com o crime organizado. Ao contrário da maioria das operações, esta foi organizada em menos de meia hora, após denúncias anônimas repassadas a polícias Civil e Militar.

O comandante explicou que as operações policiais seguem a necessidade do Município. “No ano passado, por conta do alto índice de consumo e tráfico de drogas, priorizamos as ‘bocas’ [de fumo]. Depois disto, a criminalidade saltou para o roubo, já neste ano. começaram com o roubo simples, depois foram se diversificando: tivemos roubos a pedestres, a motociclistas, a malotes até chegarem à ao roubo em residências, o que combatemos com a operação Refém”, completou.

No entanto, o comandante alerta que ainda há assaltantes à solta e reforça que a população deve colaborar. “Toda vez que tenho oportunidade friso que o povo tem que colaborar com a segurança pública. Hoje, não há como chegar em casa às 18 horas e ficar tomando a cervejinha em frente de casa, com portões abertos. Este horário é tido como um dos mais perigosos. Eles [assaltantes] vão no mais fácil”, disse.