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Operações reduzem roubos na Cidade

Com operações conjuntas entre as polícias Civil e Militar crimes diminuem na Cidade

A operação conjunta entre policiais civis e militares no combate ao crime organizado reduziu os índices de roubos registrados em Três Lagoas nesta semana. De acordo com o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Washington Geraldo de Oliveira, a corporação não possui dados concretos para comparar a redução, no entanto, no dia-dia, os policiais puderam perceber uma queda considerável nas chamas de roubo, por exemplo – um dos principais dramas vividos pelo três-lagoense. “As nossas estatísticas são mensais, por isto, não há como ter dados oficiais, ao menos até outubro. Porém, no dia seguinte à operação, de quarta-feira (2), não tivemos registros de ocorrência de roubos. Provavelmente, deu uma boa reduzida. Estes índices já haviam caído após a operação Refém, e agora, diminuiu ainda mais”, explicou.

A equipe de reportagem buscou, por meio do Sistema Integrado de Gestão Operacional (SIGO), de Mato Grosso do Sul, as ocorrências registradas em Três Lagoas do dia 2 ao dia 16 deste mês. Pelo sistema, constaram apenas quatro assaltos: nos dias 4, 7, 9 e 15. No último final de semana, que costuma ter aumento de ocorrências policiais, não houve registro de roubos na Cidade.

Geraldo explica que desde o começo deste ano, já foram mais de cinco grandes operações, a maioria delas em parceria com a Polícia Civil, realizadas no combate ao crime de roubo e tráfico de drogas em Três Lagoas e região.
Uma das primeiras ações conjuntas deste ano foi a “Operação Guanabara”, realizada apenas no bairro que nomeou a ação policial – cujo objetivo era combater a grande concentração de bandidos naquela região, como recordou o delegado Regional, Vitor José Fernandes Lopes. Na época, foram em torno de dez pessoas presas, boa parte delas com mandados de prisão e passagem pela polícia.

Entre as ações iniciais também estava a Operação Carnaval, esta realizada apenas pela Rondas Táticas do Interior (Rotai), que resultou na apreensão de mais de 60 armas de fogo em Três Lagoas. Em abril, os policiais realizaram a “Operação de Selvíria”, duas ações realizadas no mesmo mês e que resultou na morte de três assaltantes em confrontos com a polícia. Dois policiais ficaram feridos.

Em maio, o comando da PM deflagrou a “Operação Saturação”, em combate à violência e que resultou na apreensão de armas e drogas no Município.
No dia 30 de julho, policiais civis e militares realizaram a “Operação Refém”, até este mês, a maior de todas em relação ao número de presos: dez acusados. Na época, a operação foi deflagrada para combater o assalto a residências que vinham ocorrendo na Cidade e com uma característica especifica: o cárcere privado das vítimas. Treze suspeitos foram presos ao todo, entre eles sete adolescentes. Desde total, dez foram autuados.

No início deste mês, que por conta do imediatismo (denúncia anônima), não teve um nome específico, uma nova operação foi realizada e resultou na prisão de 25 pessoas acusadas de terem ligação com o crime organizado. Ao contrário da maioria das operações, esta foi organizada em menos de meia hora, após denúncias anônimas repassadas a polícias Civil e Militar. A última operação foi realizada na segunda-feira (15). Cerca de 70 policiais foram envolvidos na Operação Varredura, visando o cumprimento 18 mandado de busca e apreensão em locais que funcionavam como “boca de fumo”.

O comandante explicou que as operações policiais seguem a necessidade do Município. “No ano passado, por conta do alto índice de consumo e tráfico de drogas, priorizamos as ‘bocas’ [de fumo]. Depois disto, a criminalidade saltou para o roubo, já neste ano. Começaram com o roubo simples, depois foram se diversificando: tivemos roubos a pedestres, a motociclistas, a malotes até chegarem à ao roubo em residências, o que combatemos com a operação Refém”, completou.

Para o delegado Regional, operações conjuntas são essenciais para combater o crime. “Embora cada polícia tenta sua função, investigação para a Polícia Civil e preventiva e ostensiva, para a Polícia Militar, há uma troca de informações entre as duas instituições e, em decorrência do baixo efetivo, unimos forças para alcançar maior eficiência nas operações, o que não conseguiríamos fazer isoladamente. Se faz necessária uma preparação antes, principalmente no nosso caso [Polícia Civil] para instauração de inquéritos, coleta de depoimentos e outros. Numa operação como estas, o volume de trabalho é grande”, explicou.

O delegado também acredita que as operações tenham influenciado na redução do número de crimes. “Sempre que há uma autuação mais incisiva da polícia, há também uma inibição dos bandidos. Mesmo que não ligadas àquele tipo de crime, estas ações produzem, indiretamente, um efeito preventivo. Apenas isto já é válido”.

Conforme Vitor, as operações estão sendo realizadas a cada 40 dias, aproximadamente, e ainda há mais ações previstas para este ano. “É um trabalho que está trazendo bons resultados e tem mais por vir”, completou.

ALERTA

No entanto, o comandante Geraldo alerta que ainda há assaltantes à solta e reforça, mais uma vez, que a população deve colaborar. “Toda vez que tenho oportunidade friso que o povo tem que colaborar com a segurança pública. Hoje, não há como chegar em casa às 18 horas e ficar tomando a cervejinha ou o tereré em frente de casa, na calçada, com portas e portões abertos. Este horário é tido como um dos mais perigosos em relação à assaltos. É importante manter portas e janelas fechadas. Eles [assaltantes] vão no mais fácil”.

OFICIAIS

Na semana passada, o 2º Batalhão da Polícia Militar recebeu dois tenentes. Os aspirantes Samuel Aragão e Willian Nascimento se apresentaram ao quartel da PM depois de terem concluído a Academia de Formação de Oficiais, na Bahia.

Segundo o comandante da corporação, os dois deverão suprir o quadro de oficiais do Batalhão, que, há algum tempo, estava sem tenentes. “Estávamos com uma defasagem no quadro de oficiais, sem tenentes. Com a chegada destes aspirantes, fechamos a hierarquia da PM, com todos os postos ocupados”.

Geraldo explicou que Samuel será encaminhado para auxiliar na coordenação da Rondas Táticas do Interior (Rotai) e, Nascimento, no Pelotão de Trânsito. Os dois grupos são comandados pelo major Wilson Monari, subcomandante da PM, e capitão Edílson de Oliveira Ramos, respectivamente. “Os dois oficiais [major e capitão] continuarão nos seus postos, mas, agora para coordenar e orientar, tendo mais tempo hábil para a realização de outras funções. Exceto em operações maiores”, explicou.