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Saidinha

Parte dos beneficiários está foragida 

Do total, 36 mulheres e 399 homens não retornaram às celas após serem liberados no fim de ano

Comissão de Segurança afirma que medida deve ser aprimorada
Comissão de Segurança afirma que medida deve ser aprimorada

Em Campo Grande, 11 internos do sistema prisional que receberam o benefício da saída temporária no fim de ano não retornaram aos presídios, de acordo com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).

Do total de 455 internos que receberam o benefício, 36 são mulheres e 399, homens. Todas as mulheres retornaram, mas 11 homens não. A vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul, Maria Isabela Saldanha, afirma que o beneficio não é concedido a todos.

"O preso tem que ter cumprido um sexto da pena se for primário. Se for reincidente, ter cumprido,  no mínimo, um quarto da pena., além de bom comportamento. Hoje, pelo pacote anticrime, um preso condenado por crime hediondo não tem mais direito à saída temporária", explica.

Saladanha também afirma que a saída temporária é um importante instrumento de ressocialização dos presos, mas que precisa ser aprimorada. 

A vice-presidente ainda convida a sociedade a cobrar que o benefício seja bem aplicado e contribua para a ressocialização.

"A gente precisa que a socidade cobre investimento na readaptação desse preso à sociedade. Não adianta usar o discurso radical contra a 'saidinha' porque ela existe e ela é aplicada. Quem tem medo tem que cobrar providências para que essa 'saidinha' funcione de forma mais segura", falou.