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PF cria base em SP para achar vítimas da ditadura

No início de dezembro, peritos da PF retiraram do cemitério de Vila Formosa várias ossadas de uma vala que provavelmente recebeu o corpo de Sérgio

A Polícia Federal começa a usar amanhã uma base de exames permanente em São Paulo para buscar a identificação de corpos de desaparecidos políticos vítimas da ditadura militar (1964-1985) supostamente enterrados nos cemitérios paulistanos de Vila Formosa e Perus.

As atividades no novo posto de trabalho, viabilizado por uma parceria com o IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo, terão como foco inicial a descoberta dos restos mortais do militante Sérgio Corrêa, da ALN (Ação Libertadora Nacional).

No início de dezembro, peritos da PF retiraram do cemitério de Vila Formosa várias ossadas de uma vala que provavelmente recebeu o corpo de Sérgio, de acordo com as apurações do órgão.

Jeferson Evangelista Corrêa, chefe de medicina forense do INC (Instituto Nacional de Criminalística da PF), afirma que serão feitos exames antropológicos nos restos mortais, o que inclui a verificação de arcadas dentárias, dimensões de ossos e características de sexo e idade.

Essas perícias permitirão uma triagem inicial para definir quais ossadas serão submetidas a exames de DNA.

Segundo Corrêa, o trabalho será feito em uma sala do IML em caráter permanente, com pelo menos dois peritos da PF e dois do instituto paulista até o final dos trabalhos de identificação.