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PM tem apenas 2 bafômetros, um não funciona

Em toda área de atuação do 2º Batalhão, que incluem cinco municípios e dois distritos, há apenas dois bafômetros em uso

Assim como acontece em boa parte dos municípios sul-mato-grossenses, a falta do etilômetro, o “bafômetro”, como é popularmente conhecido, vem dificultando o trabalho da Polícia Militar de Três Lagoas para fazer os motoristas cumprirem a Lei Seca.. Para se ter idéia, hoje a corporação conta com dois equipamentos, no entanto, destes, apenas um funciona, conforme levantamento realizado pela reportagem.

A situação é ainda pior caso seja analisada toda a área de atuação do 2º Batalhão da PM. Ao todo, a corporação, que é responsável por cinco municípios (Três Lagoas, Água Clara, Selvíria, Brasilândia e Santa Rita do Pardo) e dois distritos (Arapuá e Debrasa), possui dois bafômetros funcionando. O de Três Lagoas (já citado) e um em Brasilândia, ambos doado pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) no final do ano passado.

Na semana passada, a baixa quantidade de bafômetros existentes na PM do Estado virou polêmica quando Mato Grosso do Sul ficou entre os nove municípios beneficiados com o equipamento e que ainda não haviam buscado o material, doado pelo Ministério da Justiça.  Conforme divulgado na época, o Estado teria deixado 25 bafômetros, adquiridos pela União por meio de licitação internacional, em um depósito no Distrito Federal por mais de 30 dias.

Em nota, a Sejusp informou que irá buscar os bafômetros nesta semana. De acordo com a assessoria de imprensa, o governo aproveitará a viagem de uma equipe de policiais à Brasília para trazer os equipamentos. Em resposta ao questionamento, a Sejusp declarou que havia sido informada oficialmente sobre a liberação do material (25 bafômetros e cerca de 2,5 mil bocais descartáveis) na semana retrasada.

No entanto, ainda não há informação se Três Lagoas irá, ou não, ser beneficiada.

A reportagem entrou em contato com o comandante do 2º BPM, o tenente-coronel Washington Geraldo de Oliveira, que informou não ter recebido nenhuma informação sobre o repasse para Três Lagoas.

O oficial confirmou o número de bafômetros existentes no Município, mas justificou a ausência com o custo do equipamento. “Diante dos diversos problemas que a segurança pública tem, o governo tem de traçar prioridades e o bafômetro é um equipamento de alto custo (os equipamentos doados pelo Ministério da Justiça custaram aos cofres públicos da União R$ 7,5 mil cada), recurso que hoje, pela situação atual, é melhor que se invista em viaturas, por exemplo. Mas a nossa área está bem, temos um equipamento”, explicou.

Atualmente, Campo Grande é a cidade com o maior número de bafômetros do Estado. São 13, ao todo, enquanto a maioria das pequenas cidades, assim como a Região do Bolsão, não dispõem do equipamento.

Neste ano, a PM autuou 65 motoristas por embriagues ao volante. Porém, Três Lagoas necessitaria, hoje, de mais cinco bafômetros para atender toda a Cidade.