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PMA apreende 107 aves silvestres que seriam levadas para São Paulo

De acordo com a PMA, das 107 aves somente 20 não eram filhotes.O mais comum na região é a ocorrência de tráfico de filhotes de papagaios

A fiscalização da Polícia Militar Ambiental (PMA) conseguiu impedir ontem (18) que 107 aves silvestres fossem levadas para fora do Estado alimentando o tráfico de animais. A apreensão foi realizada por policiais ambientais de Batayporã em fiscalização no município de Anaurilândia. Um homem foi preso em uma pousada distante 12 quilômetros da cidade. O traficante é residente de São Paulo e informou aos policiais que ele mesmo estava capturando as aves na região desde domingo (14) e seguiria na noite de quinta-feira para a capital paulista. 

De acordo com a PMA, das 107 aves somente 20 não eram filhotes. Foram apreendidos 35 filhotes de papagaio, 38 filhotes de tucanos, 13 filhotes de pássaros-pretos, um filhote de arara-canindé e 20 coleiras-do-brejo adultos. Pela primeira vez a Polícia Militar Ambiental apreende tantos filhotes de tucanos no Estado retirados para o tráfico. O mais comum na região é a ocorrência de tráfico de filhotes de papagaios.

O traficante e as aves apreendidas foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Anaurilândia, onde o acusado foi indiciado pelo crime ambiental cometido. A pena para este crime é de seis meses a um ano de detenção. O homem também foi autuado administrativamente e recebeu multa de R$ 53,5 mil.

Os animais foram encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) em Campo Grande e estarão nesta manhã no quartel da PMA da Capital para preenchimento da documentação, antes de serem encaminhados ao Centro de Reabilitação.

O Comandante da PMA, Major Matoso, recebe neste momento para explicar a operação contra o tráfico de animais.

Os policiais militares ambientais da região de Batayporã, Bataguassu, Três Lagoas, Porto Primavera, que cobrem a região de Novo Horizonte, Ivinhema, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Anaurilândia, Brasilândia, região de onde tem saído todos os anos os animais para o tráfico, em especial, para São Paulo.

Desde setembro (período reprodutivo da maioria das aves) estão diuturnamente monitorando o movimento dos traficantes. Em princípio para evitar que as aves sejam retiradas e, para reprimir prendendo os elementos quando não é possível evitar a retirada dos bichos.