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Polícia Federal cria banco de dados para identificar rota das drogas

Os peritos criminais poderão afirmar o país de origem e, em função das misturas acrescidas à droga, indicar possíveis rotas utilizadas pelos traficantes

A Polícia Federal (PF) está criando um banco de dados para identificar o perfil químico das drogas apreendidas no País e, assim, apontar sua origem e a rota pela qual passaram até chegar no local onde são comercializadas. A vantagem ao identificar as semelhanças químicas entre uma droga apreendida numa região e outra, apreendida em local totalmente diferente, é que os investigadores podem indicar se há formação de quadrilha, o que pode resultar no aumento da pena caso os traficantes sejam condenados.

O chefe do setor de Perícias de Química Forense, Adriano Maldaner, disse que, além disso, as informações que são obtidas por meio dessa técnica podem contribuir para a melhor aplicação dos recursos destinados às politicas de enfrentamento às drogas. “Dependendo da situação, isso [a semelhança química na composição de drogas oriundas de diferentes apreensões] pode indicar que se trata de uma quadrilha, como foi em um caso envolvendo parentes presos em diferentes estados, que armazenavam drogas bastante similares em suas casas”, explicou.

Denominado Projeto Pequi – uma abreviação para perfil químico da droga – o banco de dados agrupa informações sobre as características de drogas apreendidas em diferentes localidades. Em função dos aspectos químicos das substâncias, os peritos criminais poderão afirmar “com alto nível de acerto” o país de origem e, em função das misturas acrescidas à droga, indicar possíveis rotas utilizadas pelos traficantes.