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Polícia Militar e Forças Armadas participam do esquema de segurança do Enem

As provas já estão impressas e desta vez foram embaladas dentro da própria gráfica "que tem nível máximo de segurança"

Todas as forças policiais do Brasil, além das Forças Armadas, participam do esquema de segurança montado para a aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), no próximo final de semana. Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), responsável pelo exame, as provas começam a ser entregues nos locais a partir de sábado (5).

As provas já estão impressas e desta vez foram embaladas dentro da própria gráfica "que tem nível máximo de segurança", garante o Inep. O material foi colocado em malotes e armazenado em contêineres, que foram escoltados pelo Exército ou pela Polícia Rodoviária Federal. Os exames estão armazenados em 63 quartéis e em 624 unidades distribuidoras dos Correios, de onde só saem sob escolta. Esses locais são vigiados por policiais militares.

Cada estado fez seu plano de operação com o envolvimento das polícias militares das 27 unidades federativas. De acordo com o Inep, ainda participam do esquema Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícia Federal.

No fim de semana, 4,1 milhões de candidatos participam do exame que teve que ser adiado em outubro depois que as provas foram roubadas da gráfica em São Paulo que imprimia o material.

Fraude

Reformulado neste ano, o Enem será a única forma de seleção em parte das 55 universidades federais. O exame é usado por federais também para substituir a primeira fase do vestibular, para compor a nota e nas vagas que sobrarem.

Após uma denúncia de vazamento do caderno de questões, o Ministério da Educação cancelou o exame, que seria aplicado nos dias 3 e 4 de outubro, e remarcou a prova para os dias 5 e 6 de dezembro.

Devido ao adiamento, universidades como a USP e a Unicamp decidiram não utilizar a nota do Enem em seu vestibular. Já outras instituições decidiram alterar seus calendários que tinham as datas dos vestibulares no mesmo dia do exame.

Após a fraude, o Ministério da Educação rompeu o contrato com o consórcio Connasel, responsável pela aplicação do exame. Mas a empresa negou falhas na segurança. Cinco pessoas foram indiciadas pelo crime, entre eles estão Felipe Pradella, Felipe Ribeiro e Marcelo Sena –funcionários da Cetro, uma das três empresas que compõem o consórcio.