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Polícia não tem avanços no caso do empresário paulista

?Não temos nada que indique o que possa ter acontecido"

O delegado Ailton Pereira de Freitas, coordenador da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), assumiu as investigações sobre o caso do empresário de Ribeirão Preto (SP), José Ailton de Barros, 29 anos, desaparecido há quase 15 dias. Antes, as diligências sobre o caso vinham sendo coordenadas pelo delegado Regional Vitor José Fernandes Lopes. No entanto, o caso segue sem grandes avanços.

De acordo com Ailton, por enquanto a Polícia Civil de Três Lagoas não tem pistas do paradeiro do empresário. “Não temos nada que indique o que possa ter acontecido. Como ele era de Ribeirão Preto, o caso está sendo investigado pela polícia de lá. Agora, estamos aguardando o resultado dos laudos e também apostos para o surgimento de pistas sobre a localização do corpo”.

Recentemente a DIG percorreu postos de combustíveis existentes na entrada de Três Lagoas, pelo estado de São Paulo, na tentativa de encontrar filmagens com o carro da vítima, mas nada foi localizado. A polícia também aguarda os laudos emitidos pela perícia e os exames de DNA para confirmar se o sangue encontrado no carro era da vítima.

A princípio, a polícia chegou a trabalhar com duas hipóteses: homicídio ou sequestro. Porém, depois de duas semanas, a primeira tornou-se a principal suspeita. O caso também é investigado pela Polícia Civil do Estado de São Paulo. Na semana passada, o delegado Vitor Lopes havia informado o caso a um departamento especializado neste tipo de crime, que atua em São Paulo (SP) para auxiliar no caso.

A hipótese de que o empresário tenha sido morto ainda no Estado de São Paulo também é forte. Mas não é descartada a possibilidade que o corpo esteja na Cidade. “As investigações continuam e estamos em contato constante com a polícia de lá”.

O CASO

O desaparecimento do empresário veio à tona na manhã do dia 9 de janeiro, quando policiais militares encontraram o carro dele, um Pálio vermelho, abandonado no bairro Quinta da Lagoa. O veículo estava com manchas de sangue no teto, no painel, lateral do motorista e porta-malas. Mas nada aparentemente foi levado. Dentro do carro, foram encontrados objetos como celular da vítima, carteira com documentos e R$ 111 mil em cheques.
A família foi localizada e no mesmo dia estiveram em Três Lagoas. De acordo com parentes e amigos – em depoimento à polícia – último contato feito com a família foi às 18 horas do mesmo dia, quando disse que estaria retornando para casa.

Outro fato que chamou a atenção da polícia é que Barros, que trabalhava no ramo de peças para motocicletas, não mantinha qualquer relação comercial com Três Lagoas.