Um policial da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro informou na tarde desta terça-feira (6) que um primo do goleiro do Flamengo Bruno confirmou em depoimento à polícia que sequestrou Eliza Samudio e que, no caminho para Minas Gerais, deu uma coronhada na ex-namorada do goleiro. Sem dar detalhes, o policial disse que o jovem confirmou que ela morreu.
Segundo Monclar Gomes, um advogado de Bruno que esteve na delegacia nesta terça-feira, o rapaz é primo do goleiro. O inspetor afirmou que o adolescente estava escondido no carro. Segundo depoimento, Eliza chegou conduzida por uma pessoa ainda não identificada pela polícia.
O jovem contou, segundo o policial, ter dado a coronhada, porque ela teria ficado nervosa com a situação. Em nenhum momento do depoimento, ele mencionou o nome do goleiro Bruno. O inspetor disse, com base no depoimento, que Eliza chegou viva ao sítio do goleiro e que ainda não é possível afirmar se a causa da morte foi a coronhada.
O QUE DISSE O DENUNCIANTE
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Um homem que se identificou como ex-namorado da tia da mãe do adolescente afirmou à rádio Tupi que o menor de idade está assustado e que desejava falar com a polícia. O adolescente foi quem deu uma coronhada e matou Eliza, disse o homem em entrevista à rádio Tupi.
No último sábado (3), o adolescente teria procurado o homem, que é motorista de ônibus, em sua casa em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Enquanto estava na casa do denunciante, Bruno ligou para o adolescente, que foi para a casa do goleiro, segundo o motorista.
O adolescente contou que ele e um amigo do goleiro conhecido como Macarrão levaram Eliza e o bebê do hotel da Barra, na zona oeste do Rio, até o sítio do goleiro, em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Chegando lá, a dupla a colocou no carro de Bruno – onde foi encontrado vestígio de sangue humano. O adolescente ficou escondido no banco de trás do veículo e deu a coronhada na cabeça de Eliza. O homem diz que a pancada matou a ex-amante do goleiro.
– Quem deu a coronhada foi ele. Quem abriu o cérebro da garota foi ele [adolescente].
O motorista disse que o adolescente contou que Bruno deu R$ 3.000 para um homem identificado como Clayton e que este entregou o corpo para um traficante, que seria o responsável por sumir com o cadáver. O homem relata que o corpo de Eliza foi "desossado e concretado".
