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Estelionato

Procon confirma fraude de empresa após denúncia de ouvinte da CBN

Site “Nexgen Médica” supostamente vendia equipamentos hospitalares na internet

- Foto: Divulgação
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Vitrine de produtos e equipamentos hospitalares com preços mais baratos que os do mercado. Era assim que o site “Nexgen Médica” atraia a atenção de profissionais da saúde de todos o país. Mas após o pedido, as compras não eram entregues porque a empresa não existe, conforme confirmado por investigação do Procon de Mato Grosso do Sul.

O caso chegou até o órgão após uma denúncia feita à CBN Campo Grande pelo médico aposentado Eraldo Cavalcanti, de 61 anos. Morador de Alagoas, ele alega que comprou mais de R$ 3.385 em equipamentos de fisioterapia pela página, mas nunca recebeu os produtos. Além dele, mais de 80 pessoas também foram vítimas da empresa, conforme consta no site “Reclame Aqui”, consultado pelo próprio alagoense.

Ao pesquisar na internet, o endereço da empresa estava em um centro empresarial na Av. Afonso Pena, em Campo Grande. Nossa equipe foi até lá, e constatou que não havia nenhuma com o nome no local.

A inexistência do ambiente físico foi confirmada também pelo Procon, que concluiu que o site serve unicamente para aplicar golpes em vítimas que pagam por produtos que não serão entregues.

“Esse é um site falso, nós já estamos investigando inclusive que esse site já está com outro nome, já estamos em apuração para que a gente possa inibir essa prática criminosa que esses estelionatários fazem contra os consumidores”, destaca o superintendente do Procon Estadual, Marcelo Salomão.

O consumidor chegou a registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil de Arapiraca (AL), porém, foi informado pelo delegado responsável pelo caso que o procedimento deveria ser encaminhado para a polícia sul-mato-grossense.

“A polícia disse que o B.O. vai para Mato Grosso do Sul, e que não é pra ‘botar’ muita fé que a situação será resolvida. Esses criminosos precisam ser presos, porque mais vítimas vão continuar caindo no golpe”, explicou para a reportagem feita em agosto deste ano.

Nós entramos em contato com a Polícia Civil, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos resposta.