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Relatório da ONU cita MS como principal rota da droga

Os dados fazem parte do relatório anual correspondente a 2010 divulgado hoje pela Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes

O Brasil continua sendo utilizado como trânsito de remessas de drogas ilícitas destinadas aos Estados Unidos e países da África e Europa. As fronteiras com Paraguai e Bolívia são citadas como as principais rotas de passagem da droga. A partir do Brasil, as remessas, principalmente de cocaína, são enviadas em aviões de pequeno porte. 80% da maconha consumida o Brasil vem do Paraguai.

Os dados fazem parte do relatório anual correspondente a 2010 divulgado hoje pela Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes, com sede em Viena, órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo levantamento, o Paraguai continua sendo o país sul-americano utilizado para produção de maconha.

O relatório cita o trabalho conjunto feita pelas polícias do Paraguai e Brasil para destruição das plantações. A ação, denominada Operação Aliança, já atingiu áreas de produção na região de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Brasil, em Ponta Porã. “A Junta observa que o governo brasileiro está determinado a continuar combatendo o contrabando de cocaína e outras drogas no país, e insta o governo a redobrar os esforços nesse sentido”.

Segundo a Junta, em 2008, as produções de maconha cobriram aproximadamente seis mil hectares no Paraguai, na zona próxima da fronteira com Brasil, com rendimento potencial de 16,5 mil toneladas de folha. No ano seguinte, foram destruídos dois mil hectares do cultivo da maconha. United Nations Office on Drugs and Crime (Unodoc) calcula que 80% da maconha consumida no Brasil vem do Paraguai.

O relatório da Junta cita ainda a preocupação o aumento nos últimos anos do uso indevido do crack (um derivado obtido do cloridrato de cocaína) no Brasil. O documento cita ainda o número de apreensões no País. Entre 2008 e 2009, a quantidade total de cocaína apreendida no Paraguai aumentou (para 0,6 toneladas, o que representou um aumento superior a 300%). O total de cocaína apreendida diminuiu na Bolívia (para 4,9 toneladas, ou seja, uma redução de 32%).