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Secretários de Dourados são presos pela PF

As prisões foram realizadas na manhã de ontem, quando foi desencadeada a Operação Owari

A Polícia Federal fez um “limpa” no primeiro escalão da Prefeitura de Dourados. Foram presos os secretários Carlos Cantor (Serviços Públicos e Vice Prefeito), Sandro Barbara (Saúde), Darci Caldo (Governo) e Carlos Ióri (Obras). 

Jorge Dauzacker e Márcia Fagundes, assessores especiais do prefeito Ari Artuzi (PDT), também foram presos. As prisões foram realizadas na manhã de ontem, quando foi desencadeada a Operação Owari (PONTO FINAL).

Todos eles são acusados de crimes como formação de quadrilha, exercício ilegal de atividade financeira, agiotagem, crimes contra a ordem econômica e o sistema financeiro, fraude à licitação e corrupção.

Todos eles teriam ligações com o empresário Sizuo Uemura (também preso), acusada de liderar a organização criminosa especializada em fraudar em licitações na área de saúde. Assim que ocorreu a prisão, o prefeito Ari Artuzi se reuniu com o pouco que sobrou de sua equipe e pediu empenho para continuar auxiliando-o a administrar a cidade.

DOIS ANOS DE INVESTIGAÇÃO

A Justiça Federal expediu ao todo  42 mandados de prisão e 85 de busca e apreensão nas cidades de Dourados, Campo Grande Naviraí e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, além de Guaíra e Umuarama, municípios localizados no Paraná. Em Naviraí foi preso o presidente da Câmara, o vereador José Gallo  e em Ponta Porã foi preso o vice-prefeito Eduardo Campos.A maioria dos presos são de Dourados.

Segundo nota da assessoria de imprensa da Polícia Federal, a investigação durou dois anos. Durante esse período, os policiais encontraram várias provas contra organização criminosa composta por agentes políticos, servidores públicos, empresários e profissionais liberais.

Os integrantes se uniram com vistas à obtenção de benefícios juntos a prefeituras municipais, relativos à execução de serviços públicos, especialmente a exploração da atividade funerária. Os servidores públicos foram cooptados e criaram estrutura criminosa a fim de obter benefícios em diversos contratos, em prejuízo à livre concorrência.