Na segunda entrevista coletiva do dia, os comandantes do Gate, o major Gilson Paulo Saltoratto, e do 2º Batalhão da Polícia Militar de Araçatuba, major Wilson Carlos Braz, afirmaram nesta noite que a situação continua tensa e sem previsão de termino do sequestro.
Oliveira já teria jogado combustível na sala e não quer conversar com mais ninguém. Diz também que não vai entregar o revólver nem o combustível porque "pretende usar".
O sequestrador insiste que a mulher o traiu e quer que ela assuma. Márcia nega e foi aconselhada pelos policiais a não assumir nada que não tenha feito por causa do medo.
JUSTIÇA
Oliveira está muito nervoso. Ele pediu a presença do juiz Émerson Sumariva Júnior. O magistrado, responsável por uma medida protetiva que o impede de se aproximar da ex-mulher, foi ao local, mas o sequestrador mudou de ideia e não quis mais conversar.
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Márcia, segundo informaram os oficiais da PM, já registrou três boletins de ocorrência contra o ex-marido depois da separação. Há dois meses, ele teria tentado invadir o mesmo local onde a mantém refém hoje, o que motivou o recurso à Justiça. Pela decisão judicial, ele teria que ficar afastado dela por pelo menos 100 metros.
O Gate quer esgotar a negociação ao máximo antes de precisar invadir a sala, que mede 3mx3m e tem apenas duas cadeiras, uma mesa, um armário, uma pia e um aparelho de raio X. Oliveira e Márcia permanecem sentados nas cadeiras e ele não aponta o revólver para ela, segundo os oficiais.
Os oito policiais que chegaram à cidade são especialistas em posicionamento. O Gate, com um total de 15 homens, está preparado para invadir a qualquer momento.
A movimentação no local é intensa. Ambulâncias estão preparadas, assim como caminhão-tanque do Corpo de Bombeiros. Oliveira bloqueou a porta da sala com um armário. Ele pediu água e café, além de dois aparelhos de TV, refrigerante e pão, sendo atendido.
