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Traficante de armas preso no Shopping Campo Grande

Homem é acusado de abaster facções criminosas no Rio de Janeiro com armas militares da Bolívia

Antonio Jorge Gonçalves, conhecido como Tony, acusado de ser um dos maiores fornecedores de armas para facções criminosas nas favelas cariocaso, foi preso no Shopping de Campo Grande (MS), no último domingo. A informação foi divulgada somente ontem pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.Todas as armas eram adquiridas na Bolívia. O arsenal incluía fuzis, metralhadoras, granadas e pistolas do Exército daquele país.

De acordo com a polícia, ele comprava armas na Bolívia e as trazia ao Rio de Janeiro, por meio da fronteira entre Corumbá, em Mato Grosso do Sul, e a cidade boliviana de Puerto Suárez.. O armamento era trazido por Minas Gerais e entrava no Rio de Janeiro pela rodovia BR-040 (Rio-Juiz de Fora). 
O armamento era camuflado em caminhões.

Tony estava sendo investigado pela Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos fluminense há dois anos. A polícia acredita que ele tenha entregue, no último mês, 39 fuzis para criminosos do Rio de Janeiro. As pistolas eram negociadas entre US$ 600 e US$ 900 (entre R$ 1.200 e R$ 1.800) e as metralhadoras eram vendidas por R$ 30 mil. O fuzil AK-47 chegava a custar R$ 60 mil para os criminosos. Essa arma foi inventada em 1947, ou seja, pouco depois da Segunda Guerra Mundial e hoje encontra-se na mão de centenas de traficantes brasileiros.Na segunda-feira (6), a polícia prendeu duas pessoas na Favela do Beltrão, em Niterói, apontadas como sendo as responsáveis pelas finanças de Tony.