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Tropa de choque é enviada e acaba protesto em rodovias

Os sem-terra ligados à Fetagri mantiveram bloqueados 8 pontos em rodovias federais e estaduais de Mato Grosso do Sul na manhã de hoje

A Polícia Militar enviou a Tropa de Choque para dois pontos de rodovias em Mato Grosso do Sul para evitar transtornos aos motoristas por conta do protesto de trabalhadores sem-terra que bloquearam as estradas de Mato Grosso do Sul na manhã de hoje.

Equipes da Cigcoe estieram na BR-262, entre Campo Grande e Sidrolândia e na BR-463, entre Dourados e Ponta Porã, locais de maior fluxo de veículos.

Os manifestantes, ligados a Fetagri, fizeram um acordo com a Polícia. Eles continuavam com os protestos por 20 minutos, interrompiam a interdição por outros 5 minutos e fechavam as rodovias novamente, até há pouco, quando suspenderam a manifestação de vez nas estradas, por volta das 10h25.

Os sem-terra ligados à Fetagri mantiveram bloqueados 8 pontos em rodovias federais e estaduais de Mato Grosso do Sul na manhã desta quinta-feira. Já os ligados ao MST continuam acampados na sede do Incra, em Campo Grande.

Na divisa com Sidrolândia, cerca de 20 quilômetros depois de Campo Grande, a coordenadora do grupo, Rosa Marques de Oliveira, lembra que o protesto só foi desencadeado porque há 120 dias o Incra não “faz nada” no Estado.

Depois da prisão de administradores, acusados de corrupção, o órgão ficou inoperante, dizem os sem-terra. A entidade representa 85% dos acampamentos e assentamentos em Mato Grosso do Sul. Na região de Sidrolândia, pelo menos 4 fazendas já estariam prontas para desapropriação: a Araquá, Luana, Brejão e Alvorada. “Mas não compram as terras”, reclama.

Já os assentados dizem que há 4 meses foi interrompido o pagamento a empresas que repassam materiais de construção, conforme acordo feito pelos movimentos sociais e o Incra.

As interdições, segundo a Fetragri, continuaram só até que a imprensa documentasse os protestos, para fortalecer a luta pela agilidade no Incra.

Veja a lista de reivindicações da Fetagri:

1 – Liberar as vistorias e pagamentos das áreas de aquisição e desapropriação para fins de assentaemnto dos trabalhadores;
2 – Liberar imediatamente os pagaemntos das empresas que vem entregando os materiais de habitações nos assentamentos do Estado;
3 – Manter a negociação fechada com o INCRA que destinou recursos da ordem de R$ 44 milhões pasra construção e reforma de casas nos 48 assentamentos do Estado;
4 – Liberação imediata das vistorias de produtividade dos imóveis ruais indicados pela Fetagri/MS para desapropriação;
5 – Liberação de lonas plásticas para cobertura dos barracos;
6 – Pagamento imediato dos recibos de mão-de-obra dos mutirantes que se encontra no INCRA;
7 – Pagamento imediato da entidade organizadora, Fetagri/MS para construção das casas;
8 – Suspensão imediata da nota técnica do INCRA que obriga assentados a comprarem gado leiteiro somente da associação girolanda;
9 – Que o INCRA combata através de sua procuradoria, as ações do Ministério Público Federal, que tem aterrorizado o estado;
10 – Liberação imediata pelo INCRA das cartas de aptidão do Pronaf A.
11 – Liberação imediata dos créditos Apoio Instalação, fomento e habitação para os diversos assentamentos do Estado;
12 – Liberação do CCU dos assentamentos;
13 – Recriar a comissão de certificação de imóvell rural.