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Investimento

Dano ambiental renderá compensação de R$ 16 milhões para Três Lagoas

Dinheiro que será depositado pela Cesp na conta da prefeitura deverá ser usado em recuperação de asfalto e em pavimentação

Três Lagoas vai receber uma compensação financeira que pode chegar a R$ 16 milhões por danos ambientais causados pela construção da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, em Porto Primavera (SP), e pelo represamento da usina.  

O prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) participou de reunião, há 20 dias, em Bataguassu, com prefeitos dos municípios impactados pela usina parar discutir o assunto. E, nesta semana, recebeu a informação de que, em breve, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) vai efetuar o pagamento para Três Lagoas.

De acordo com Guerreiro, Três Lagoas não estava incluída na ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual para garantir o pagamento de indenizações aos municípios de Bataguassu, Santa Rita do Pardo e Anaurilândia, impactados pela usina. Três Lagoas e Brasilândia estavam de fora.

“Nesta semana recebemos a informação de que a Cesp efetuará o pagamento dessas compensações e que Três Lagoas será beneficiada”, disse, ressaltando que o valor ainda está em discussão, mas adiantou que ultrapassará a R$ 10 milhões.

De acordo com o assessor jurídico da Prefeitura de Três Lagoas, Luiz Henrique Gusmão, o município receberá um valor menor se comparado a outras cidades impactadas. “Aqui o impacto pela elevação da cota do reservatório foi menor, em relação aos outros municípios, mas a Cesp viu a necessidade de um acordo para evitar ações futuras” explicou Gusmão.

PARA ONDE VAI
Guerreiro adiantou que o recurso será utilizado em obras de recapeamento, pois muitas ruas, de acordo com ele, estão com o pavimento deteriorado, e que apenas o serviço de tapa-buracos executado pela administração, não resolve mais os problemas.  “Devemos cuidar daquilo que está pronto, não podemos pensar apenas nas grandes obras, pois o que está pronto também requer manutenção, e é isso que estamos fazendo, nas nossas escolas, nos postos de saúde, entre outros locais do município”, destacou.

Em 2015, a Justiça bloqueou R$ 300 milhões das contas da Cesp para garantir a indenização de famílias afetadas com a construção da hidrelétrica, que trouxe impactos ambientais e sociais para esses municípios. A Assembleia Legislativa do Estado, inclusive, criou uma comissão para acompanhar a demanda.