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Defendendo a agricultura familiar, Adonis quer transformar o produtor em empreendedor rural

Nesta manhã (22) a Rádio CBN Campo Grande abre a quinta entrevista ao vivo com candidatos ao governo estadual

Nesta manhã (22) a Rádio CBN Campo Grande abre a quinta entrevista ao vivo com candidatos ao governo estadual - Foto: Isabelly Melo/CBN CG
Nesta manhã (22) a Rádio CBN Campo Grande abre a quinta entrevista ao vivo com candidatos ao governo estadual - Foto: Isabelly Melo/CBN CG

Seguindo as entrevistas da rodada que vai ouvir todos os candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul neste ano, a Rádio CBN Campo Grande recebe nesta manhã (22) o candidato do PSOL, Adonis Marcos. Conforme regras pré-definidas com os partidos, as entrevistas ao vivo terão duração de 40 minutos.

Adonis Marcos de Souza tem 38 anos, é casado, pai de três filhos e natural de Cascavel (PR). Empresário do ramo da construção civil, se formou em direito recentemente, já concorreu a outros cargos políticos, sendo a primeira disputa em 2010, ao cargo de deputado estadual.

De lá para cá, concorreu à vereador, por três vezes, já tendo se filiado aos partidos PTC, PTB, PDT e agora no PSOL, concorrendo ao cargo de governador do estado. Oriundo dos movimentos sociais, especialmente aos ligados a agricultura familiar, Adonis disse que é preciso investimento no setor.

“Nós temos hoje 32 mil famílias assentadas pelo Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] ou reconhecidas pelo mesmo, esses assentamentos hoje não representam a produção competitiva no nosso CEASA interno, ou seja, praticamente 80%/90% de tudo que nós consumimos em Mato Grosso do Sul vem de outros estados. Então, nós entendemos que não é falta de território, mas falta de trabalhar melhor essa questão de profissionalizar o próprio agricultor, ele tem que ser um empreendedor rural e não simplesmente um agricultor familiar”, pontuou.

Adonis disse que o motivo de se lançar como candidato foi para dar visibilidade ao movimento agrário do estado. Em ação prática, para fortalecer esse meio, o bacharel em direito disse que, se eleito, vai investir na Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), colocando um técnico a cada, no mínimo, 50 famílias.

“Nós vamos fazer parcerias com os municípios, com as prefeituras, nós vamos trabalhar com o Sistema S pra dar essa qualificação pra que nós possamos transferir hoje dessa informalidade que existe no campo, pra acabar com os atravessadores, fomentando as cooperativas, trabalhando essa questão da economia solidária”, defendeu.

Questionado pela corresponde da Rádio CBN CG em Maracaju, Vanessa Bordin, o candidato explicou como pretende abordar uma economia solidário no estado, aliada com o cooperativismo, em contraponto com a lógica agroextrativista.

Ele pontuou que atualmente os alimentos produzidos no país não ficam para o consumo interno, afirmando que o correto, em uma lógica “nacionalistas de verdade”, era ficarmos com o melhor produzido em solo brasileiro.

“Quando eu falo em cooperativismo eu quero dar condição pra que esse agricultor, pra que esse produtor consiga desenvolver. Se nó entendermos, que se as pessoas se organizarem para produzir juntos, pra comprar e pra vender junto, eles terão muito mais valor agregado. O Brasil precisa proteger a sua economia interna”, afirmou.

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