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DEM critica decisão da Justiça, mas líder diz que partido está tranquilo

Kassab e sua vice, Alda Marco Antonio foram condenado à perda do mandato por causa de doações recebidas na campanha de 2008

Para o partido Democratas (ex-PFL), a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo de cassar o prefeito Gilberto Kassab (DEM-SP) é “incoerente”, “eleitoral”, “irresponsável” e “criminosa”. Mesmo assim, de acordo com o líder da legenda no Senado, José Agripino Maia (DEM-RN), o partido está tranquilo e confia na Justiça. Ele preferiu não politizar a decisão, porém ressaltou que as “as decisões judiciais tem que ser coerentes”.

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), por outro lado, considera a decisão da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo “100% eleitoral, irresponsável e criminosa”. Segundo ele, a cassação visa a criar desconforto e instabilidade ao partido e “sem dúvida” atingir a eventual candidatura à Presidência do governador José Serra (PSDB-SP), principal aliado político de Kassab.

Kassab e sua vice, Alda Marco Antonio (PMDB) foram condenado à perda do mandato por causa de doações recebidas na campanha de 2008 e consideradas ilegais pela Justiça Eleitoral. A decisão do juiz Aloísio Sérgio Resende Silveira deverá ser publicada na terça-feira (23) no Diário Oficial. Os advogados, então, terão três dias para recorrer ao TRE.

“Isso não procede, é matéria já julgada. Trata-se de uma atitude irresponsável para abalar o prestígio e credibilidade do prefeito da principal cidade do país”, reclamou Caiado, que defende que a matéria já foi analisada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Caiado avalia que se a decisão for levada adiante mostrará que a Justiça Eleitoral “tem dois pesos e duas medidas”. Isso porque, segundo o partido, há jurisprudência que permite a doação de empresas que são sócias de concessionárias de serviços públicos sob gestão dos cargos em disputa eleitoral.