Na próxima segunda-feira (29), o governo do Estado vai se pronunciar oficialmente sobre o abono salarial de R$ 200 dos servidores públicos de Mato Grosso do Sul, cortado neste mês. O secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, fará o anúncio, decidido após reunião da comissão especial de deputados estaduais, criada na quinta-feira (25) depois da manifestação das categorias na Assembleia Legislativa.
Fazem parte do grupo de mediação do diálogo os deputados Lídio Lopes (Patriota), Gerson Claro (PP), Capitão Contar (PSL), Rinaldo Modesto (PSDB), Cabo Almi (PT) e José Carlos Barbosa (PSDB).
“A pergunta que fica é: para onde vai esse dinheiro? Este início do segundo mandato do [governador Reinaldo] Azambuja é um presente de grego para o funcionalismo público”, disse Cabo Almi.
O líder do governador no Legislativo, deputado José Carlos Barbosa, prefere o diálogo. “Existe um binômio, necessidade e possibilidade, de um lado, além da questão fiscal e a crise vivida no Brasil, e do outro os servidores com os menores salários e me parece justificável”, disse.
Os manifestantes conseguiram sensibilizar os parlamentares a auxiliar nas negociações. “Começamos as mobilizações e daqui para frente, com certeza, haverá paralisações”, assegurou um dos coordenadores do Fórum Estadual dos Servidores, Ricardo Bueno.
ENTENDA
Na quarta-feira (24) o governo do Estado se reuniu com as categorias para iniciar as negociações de reajuste salarial deste ano. O secretário Estadual de Administração e Desburocratização, Roberto Hashioka, anunciou o corte do pagamento do abono salarial que varia de R$ 100 a R$ 200 aos 37,7 mil servidores que é repassado desde 2016.
A justificativa é que a continuidade do benefício iria infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), porque representa R$ 14 milhões da folha de ativos e inativos. Também foi afirmado índice de reajuste zero nos salários para este ano.
