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Governo estadual fecha quatro escolas estaduais na Capital e em Camapuã

A Secretaria estadual de Educação começa 2019 fechando quatro escolas estaduais em Campo Grande e Camapuã. O encerramento das atividades das unidades faz parte de um processo de reordenamento da rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul. Em entrevista coletiva na quinta-feira (3), a secretária Maria Cecília Amêndola da Motta explicou que entre os motivos para as alterações está a mudança da oferta de parte do ensino fundamental pelo estado que ficará sob a responsabilidade dos municípios.

“A gente está passando ‘devagarinho’ o fundamental para os municípios. Isso está esvaziando algumas escolas. Nesse esvaziamento, a gente está otimizando os espaços físicos e professores. E cada uma dessas escolas tiveram um motivo para que fosse feita uma reorganização”, afirmou Maria Cecília acrescentando que tanto servidores efetivos quanto alunos já foram avisados.

Foram fechadas três escolas em Campo Grande (Zamenhof, Riachuelo e Otaviano Gonçalves de Silveira Júnior) e uma em Camapuã.  Um dos objetivos, segundo a secretária, é diminuir gastos, conforme defendeu, inclusive, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) em seu discurso de posse no dia 1º de janeiro, medida que pretende aplicar também em outras secretarias. No caso da escola Zamenhof, que operava com 134 alunos em um prédio alugado, a economia será de R$ 90 mil ao ano, conforme a secretaria.

Na capital, o destino dos alunos da escola Zamenhof ficou a critério dos pais. Alunos de escola Riachuelo serão transferidos para a escola Hércules Maymone. Por último, os alunos do colégio Otaviano Gonçalves de Silveira Júnior vão para a escola Arlindo de Andrade Gomes, que funciona a 100 metros do local.

No fim de 2018, alunos da escola estadual Riachuelo protestaram contra o fechamento da unidade. Na opinião da secretária de Educação, a readequação, no entanto, deve proporcionar o melhoramento do ensino para crianças, jovens e adultos.  Além disso, a divisão do ensino fundamental e médio entre estado e municípios vai permitir que as escolas trabalhem de forma mais específica. 

“Quanto mais foco a escola tiver mais fácil será a formação continuada, mais fácil será lidar com a juventude bem como o vocabulário”, afirmou.
Por conta das alterações, o processo de pré-matrícula sofreu atraso, mas segue normalmente. A lista com a designação da matrícula deve ser publicada no dia 8 de janeiro. Já o prazo para a efetivação da matrícula começa no dia 10 e termina em 16 de janeiro. No mesmo período ocorrerá a segunda fase da pré-matrícula para quem perdeu o prazo inicial. Nesse caso, a efetivação da matrícula terá de ser feita entre 21 e 25 deste mês.

MOTIVOS
Questionada sobre o motivo de a readequação ter sido iniciada de forma tardia, Maria Cecília justificou que preferiu adiar as mudanças por conta do ano eleitoral para evitar que as medidas fossem interpretadas de forma errônea. “Porque tudo que você faz pode ser usado politicamente a favor ou contra. Então esse ano de 2018 foi um ano excepcional”.

Algumas das unidades que tiveram as atividades encerradas funcionavam em prédios públicos. Esses prédios agora vazios devem ser reutilizados pelo Estado para alocar serviços como de segurança e Justiça.