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IFMS de Três Lagoas completa um mês em greve e não tem previsão para retornar aulas

Pais e alunos estão preocupados com o andamento deste ano letivo

Há quase um mês, professores e técnicos administrativos do campus do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) de Três Lagoas estão em greve. Segundo o professor Guilherme Garcia Costa Tommaselli, membro do Comando Local de Greve (CLG) o fim da greve ainda não possui nenhuma data e isso vem preocupando pais e alunos, que permanecem sem aulas. No próximo dia 29 a greve completa seu primeiro mês.

Tommaselli informou que, o Governo apresentará uma proposta até dia 30 de agosto e a partir desta decisão poderão saber se permanecerão ou não com a greve. Neste fim de semana, dias 28 e 29, 46 servidores do IFMS e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) estarão em Brasília para realizar uma marcha nacional junto com outros servidores nacionais da educação. A ação tem o objetivo de reivindicar alguns direitos da categoria, entre eles, reajuste salarial de 27,3%, o não corte de verbas na educação, redução da carga horária para 30 horas semanais e melhores condições de trabalho. “Se for deliberado o fim da greve, teremos 72 horas após esta decisão para voltar à normalidade do período letivo. Para decidirmos como funcionará, quando encerrarmos a greve faremos uma reunião com pais e servidores, e então, chegaremos a um acordo sobre a reposição das aulas”, explica o professor.

A dona de casa Patrícia Miranda Rios, é mãe de uma das alunas do IFMS e está preocupada com os estudos da filha. Teme que o ano letivo seja perdido. “Eu não vejo resolução para este problema, essa passividade, os jovens estão sendo prejudicados. Já é difícil leva-los, pois é uma estrada cheia de buracos, poeira, quando chove fica cheio de lama”.

O estudante do quarto período de eletrotécnica, Rodolfo Sales Gustineli, de 16 anos, afirma que a situação é desagradável para todos, ambos, servidores e alunos querem e precisam de melhorias na educação e nas condições gerais, mas há uma grande preocupação com a reposição das aulas. “A situação para todos nós alunos é desagradável, apoiamos para termos melhores condições de assistir aula, mas nossa preocupação são as reposições das aulas, pois teremos que repor em janeiro estas aulas, atrasando assim nosso calendário acadêmico, hoje começamos a pressionar o Conselho Superior (COSUP), para cancelar o calendário acadêmico de 2015/2. Se cancelado teremos que começar ano que vem, ou se a greve acabar começaremos este ano mesmo. Assim não sairemos tão prejudicados”.