Porto Murtinho pode ter que sofrer novo pleito eleitoral. De acordo com informações, o juiz eleitoral do Município, Giuliano Máximo Martins, cassou no final da tarde de segunda-feira (16), a diplomação do prefeito reeleito da cidade, Nelson Cintra (PSDB). É o que o adversário de Cintra, o advogado Heitor Miranda (PT), também teria cometido crime eleitoral, por ter supostamente comprado uma cesta básica a uma eleitora e ainda prometido a ela que ia pagar a conta da luz elétrica.
Cabe recurso e Nelson Cintra deve pedir imediatamente a suspensão da liminar que o cassou ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso do Sul. Se a corte eleitoral negar o pedido, Cintra deve ser afastado e assume o mandato o presidente da Câmara dos Vereadores, Fortunato Elias da Costa (PSDB). Isso pode ocorrer ainda nesta semana. Segundo consta, Nelson é investigado em mais dois processos: um deles é por transporte ilegal de eleitores e outro por denúncias de compras de votos.
Cintra foi reeleito por uma diferença de 12 votos sobre seu adversário, irmão do ex-governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT. Duas semanas atrás, o juiz mandou prender Deodival Jocy Quil, ex-coordenador da campanha de Nelson. Numa audiência que discutia a denúncia de transporte de eleitores, Quil, segundo o juiz, teria se recusado a prestar depoimento acerca de denúncia.
Deodival Quil, segundo processo que corre na justiça eleitoral, em Porto Murtinho, é acusado de fretar seis ônibus que saíram daqui da Capital lotados de eleitores que votam naquela cidade fronteiriça com o Paraguai. Juntado no processo aparece um cheque do ex-secretário com valor que teria pagado o aluguel dos veículos. Os ônibus, diz a investigação, partiram de Campo Grande entre 30 de setembro e 2 de outubro, e todos retornaram dia 5 de outubro, após as eleições.
