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Lula rebate críticas e defende Estado que cuide dos pobres

Lula descartou o Estado mínimo e também um governo totalmente estatizante

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu hoje (9) as críticas feitas a um suposto documento do PT no qual constaria que o próximo governo daria uma “guinada à esquerda”, caso a pré-candidata do partido, Dilma Rousseff, ganhe as eleições presidenciais deste ano. Segundo Lula, esse é um “debate ultrapassado com gosto de coisa mofada”.

Ao discursar durante a cerimônia de inauguração de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no município de Governador Valadares (MG), Lula afirmou que não acredita na ideia do Estado mínimo, mas isso não representa a volta ao período de estatização de empresas.

“Vocês estão vendo no jornal que o governo vai fazer o Estado ficar maior, que vai estatizar. Uma bobagem imensa, um debate da década de 1950, 1960. Esse debate está superado”, disse Lula.

Lula descartou o Estado mínimo e também um governo totalmente estatizante. “Não acreditamos na ideia de Estado mínimo e tampouco acreditamos na ideia de que o mercado resolve tudo. O mercado resolve o problema de quem tem prata no bolso, mas não resolve o problema de quem é pobre”, acrescentou o presidente.

No último sábado, um jornal da imprensa paulista disse que um suposto projeto do PT pregava “maior presença do Estado na economia, com fortalecimento das empresas estatais e das políticas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal para o setor produtivo.”

Lula ressaltou hoje que se não fosse o Estado o mercado teria quebrado durante a crise econômica mundial, no ano passado. “Se não fosse o governo, não teria o programa Luz para Todos, não teria o programa Bolsa Família, o Projovem, porque quem cuida das pessoas que não têm [condições econômicas] é o governo. Quando deu a crise na Europa e nos Estado Unidos, quem salvou [os países] foi o Estado”, discursou.

De acordo com o presidente, no Brasil foram a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o BNDES que deram sustentabilidade econômica nos momentos da crise. Para Lula, o Estado deve, sim, ser responsável por oferecer saúde e educação para todos.