Veículos de Comunicação

CBN Eleições 2022

Mandetta defende hospital binacional entre Brasil e Paraguai

Custeio "meio a meio" entre os países irá garantir melhor assistência à saúde, defendeu o ex-ministro da saúde

Custeio meio a meio entre os países irá garantir melhor assistência à saúde, defendeu o ex-ministro da saúde - Foto: Isabelly Melo/CBN CG
Custeio meio a meio entre os países irá garantir melhor assistência à saúde, defendeu o ex-ministro da saúde - Foto: Isabelly Melo/CBN CG

Dando sequência às entrevistas com os candidatos ao Senado por Mato Grosso do Sul, nesta segunda-feira (05) foi a vez de Luiz Henrique Mandetta, candidato pelo partido União Brasil. Defendendo uma de suas principais pautas, a saúde, o ex-ministro defendeu a criação de polos regionais de saúde.

Relembrando o Hospital Regional da Costa Leste – Magid Thomé (HRCL), o candidato disse que ele não está funcionando devidamente por falta de recursos humanos, que segundo ele é essencial para o setor da saúde.

“Tinha que ter feito o processo seletivo da enfermagem, dos técnicos, dos fisioterapeutas e definir a linha de cuidado. Então ele é um hospital regional que tá lá montado, tá atendendo só pediatria, só ambulatório, porque eles estão querendo decidir por uma OS”, pontuou.

As Organizações Sociais de Saúde (OSS) são instituições filantrópicas do terceiro setor, sem fins lucrativos, que se encarregam do gerenciamento de serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país, em parceria com as secretarias municipais e estaduais de saúde.

Mandetta disse que essa possível decisão causa preocupação para o “perfil” do hospital, em relação a gestão do estado. Ele destacou que é preciso incorporar atendimentos de alta, média e baixa complexidade no regional, aproveitando o espaço para um convênio com cursos da área da saúde.

“Três Lagoas recebe muita influência do interior de São Paulo, então você tem que trazer convênios ali perto de transferência de tecnologia. É uma gestão bem complexa”, completou.

Segundo ele, a dificuldade de tornar esses planos realidade vem de decisões políticas, por parte do governo do estado. “Precisa da decisão politica de interiorizar, de fazer uma carreira, de dar incentivos, de induzir que esse trabalho funcione lá na ponta. Senão você fica com a estrutura e fica fazendo somente procedimentos periféricos”, afirmou Mandetta.

Na esfera da saúde municipal, o ex-ministro disse que Dourados é o calcanhar de Aquiles do estado, suportando apenas 150 mil pessoas na rede de saúde, contra os 250 mil habitantes da cidade somados a população da macrorregião, chegando a uma área de influência de um milhão de pessoas, segundo Mandetta.

Para resolver essa situação, ele destacou a necessidade de tratativas com o Paraguai para a criação do primeiro hospital binacional, incluindo Ponta Porã e Pedro Juan Caballero. “Você não consegue diferenciar, é uma fronteira seca, então seria o hospital, primeiro, 50% de custeio paraguaio, 50% de custeio brasileiro. São soluções que partem da decisão política”, afirmou.

Confira mais informações na entrevista completa:

Sobre

Eleito deputado federal em 2010, Luiz Henrique Mandetta foi reeleito em 2014 e em 2019 assumiu o Ministério da Saúde no governo Bolsonaro, permanecendo no cargo até abril de 2020, início da pandemia.

Formado em medicina, com especialização em ortopedia pediátrica, Mandetta assumiu o primeiro cargo público em 2005 como secretário de saúde na capital, a convite do então prefeito e primo de Mandetta, Nelsinho Trad. Campo-grandense, ele tem 57 anos, é casado e pai de três filhos.