Veículos de Comunicação

3

Marisa diz que Venezuela no Mercosul deve ter restrição

A Venezuela, segundo Marisa, tem restrições de comercialização com inúmeros países do mundo

A senadora Marisa Serrano afirmou ontem que a entrada da Venezuela como membro efetivo do Mercosul deve “ter restrições para ser aprovado no Senado”. Ela acredita que a presença do país vizinho no bloco pode trazer desagregação. "É uma questão política, jurídica e econômica”, comentou.


A Venezuela, segundo Marisa, tem restrições de comercialização com inúmeros países do mundo. Até agora não vimos nenhuma proposta de integração, muito pelo contrário, o país sempre coloca barreiras ao comércio internacional. “Outro problema é que a Venezuela encerrou unilateralmente contratos firmados com entidades sérias dos EUA, França e Itália. Um país que não respeita acordos internacionais pode trazer problemas ao MERCOSUL. Eu também acho que na Venezuela não há democracia plena. Tudo isso nos afeta. Por isso, me preocupa a entrada do país neste momento no bloco" – disse.

O protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul deve ser votado hoje(18/02) pela representação brasileira no Parlasul. O ingresso do País de Hugo Chávez já foi aprovado pela Argentina, Uruguai e pela própria Venezuela. No Brasil, a proposta já passou pela Câmara dos Deputados. Se receber voto favorável dos parlamentares do Mercosul, o protocolo será examinado pela Comissão de Relações Exteriores (CRE) e pelo Plenário do Senado.

A adesão da Venezuela ao bloco é polêmica, de acordo com a senadora, que também exerce a função de deputada no parlamento do Mercosul. Para Marisa, os parlamentares da oposição duvidam que a democracia seja mantida no País, especialmente agora, depois dos venezuelanos terem aprovado por 54% dos votos o referendo à emenda constitucional que garante ao presidente a possibilidade de se candidatar à reeleição indefinidamente. Chávez já comanda o país há dez anos e pretende se candidatar novamente em 2012.

Para Marisa, a vitória de Chávez no plebiscito “gerou mais desconfianças e conflitos devido às denúncias de fraude e pressão do Governo sobre os eleitores”, comentou, reiterando que “com o uso abusivo da máquina governamental é preciso sempre relativizar os resultados”.