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Três Lagoas

Movimento apresenta projeto de Regularização Fundiária

Famílias pede apoio da Câmara Municipal para regularizar área ocupada no São João

Famílias pede apoio da Câmara Municipal para regularizar área ocupada no São João - Divulgação
Famílias pede apoio da Câmara Municipal para regularizar área ocupada no São João - Divulgação

O Movimento de Luta Por Moradia Popular de Três Lagoas entregou ao presidente da Câmara de Vereadores, Cassiano Maia (PSDB), o Projeto de Regularização Fundiária visando garantir a permanência das famílias que ocuparam uma área da prefeitura no bairro São João, sob a alegação de não terem condições de pagar aluguel.

O projeto apresenta o Plano Popular Urbanístico, com base em estudos de viabilidade legal, social e econômica que garanta a permanência dos moradores no território, com a extensão da infraestrutura urbana do bairro São João e a implantação do lote urbanizado.

O grupo espera que a Câmara auxilie no diálogo com a prefeitura, na solução do problema da falta de moradia e na infraestrutura da Ocupação São João.

O Projeto de Regularização Fundiária foi protocolado na prefeitura em dia 8 de novembro, mas até o momento o movimento não teve resposta da prefeitura.

O movimento pediu ainda o apoio da Câmara, para invalidar a Lei Municipal 3.717, que dispõe sobre a suspensão de integrar Cadastro de Programa Habitacional nas hipóteses de invasão, turbação e esbulho de terras públicas, alegando inconstitucionalidade da norma.

O advogado Lucas Bocato e o professor de História da UFMS, Vitor Vagner Neto, que prestam trabalho voluntário ao movimento, pontuaram sobre a realidade das famílias e a preocupação de leis que criminalizem as famílias. “Precisamos de uma ação política em rol dos projetos habitacionais”, frisou o professor.

O presidente da Câmara destacou as limitações e atribuições do Legislativo Municipal, na questão, mas se propôs a apresentar ao prefeito, o Plano de Regularização fundiária, elaborado pelas famílias.

“Me solidarizo com a situação de vocês, mas quero deixar claro que a Câmara tem limitações de responsabilidade, envolvendo a questão. Enquanto não houver este entendimento de inconstitucionalidade, a Justiça está protegendo vocês”, citou Cassiano ao se referir a recente liminar que o grupo conseguiu para permanecer na área pública.