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MS será Estado irmão de província chinesa

Hoje (7), o vice-governador de Jiangxi assinará com o governador um protocolo de intenções para as parcerias

O que Mato Grosso do Sul, com pouco mais de dois milhões de habitantes, tem em comum com a província chinesa de Jiangxi, com 40 milhões de pessoas?

"As semelhanças são várias, como os perfis econômicos", explica o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang. Ele acompanha a delegação chinesa que visita o Estado, formada pelo vice-governador da província chinesa, Sun Gang, o vice-diretor-geral do departamento de Relações Exteriores, Zhao Hui, o vice-diretor-geral do Departamento de Cultura, Cao Guoqing, além de empresários chineses.

A delegação visitou a Assembleia Legislativa na tarde de ontem, sendo recebida pelo presidente do Parlasul (Parlamento do Sul) e corregedor da Casa de Leis, deputado Maurício Picarelli (PMDB), além dos deputados Paulo Corrêa (PR), Márcio Fernandes (PSDB) e Professor Rinaldo (PSDB).

Jiangxi está localizada no leste da China, a duas horas de avião da Grande Muralha, erguida em 220 a.C, durante a China Imperial. As semelhanças com Mato Grosso do Sul podem ser notadas na economia, tipicamente agropecuária, com rebanho estimado em 300 mil cabeças de gado, agroindústrias e siderúrgicas.

Segundo Sun Gang, a província dispõe de potencial turístico e de fábricas de motores e tratores a diesel, de helicópteros e automóveis. Também tem reconhecida produção de cimento e cerâmica.

Hoje (7), o vice-governador de Jiangxi assinará com o governador André Puccinelli (PMDB) um protocolo de intenções para as parcerias. "Em outubro, iremos à China assinar, na província de Jiangxi, o protocolo definitivo, com as definições desta parceria", afirmou a secretária estadual de Desenvolvimento Agrário, da Produção e do Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, que acompanha as autoridades chinesas.

Ela destacou a importância da parceria cultural, com intercâmbio de estudantes, além da econômica. Hoje, os chineses importam carne da Argentina. "Eles são um potencial mercado para Mato Grosso do Sul", disse Teresa Cristina. O mercado ceramista é outro potencial de interesse do Estado, segundo a secretária.