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Odilon diz que declarações de ex-assessor são ataques políticos

O candidato  ao governo de Mato Grosso do Sul, juiz aposentado Odilon de Oliveira, rebateu as acusações de Jedeão de Oliveira, que foi seu funcionário de confiança por 21 anos. O candidato disse, durante entrevista ao vivo na rádio Cultura FM Paranaíba 106.3 MHz, que as declaração são ataques políticos.

“Esse é mais um ataque, um fake news, promovido pelos adversários políticos que vem usando a imprensa marrom, e vem procurando servidores que eu mandei embora e até criminosos que eu condenei”, disse.

Odilon disse ainda que foi descoberto que Jedeão "afanou certos valores" e quando descobriu pediu correição extraordinária ao Tribunal Federal e também a exoneração do ex-funcionário. “Sem ter o que perder, ele vem espalhando esterco por todas as direções, até nos demais funcionários”, disse.

O ex-funcionário afirmou que Odilon concedia à PF (Polícia Federal) autorizações genéricas de interceptações telefônicas, abrindo espaço para gravações clandestinas, mandava inflar dados divulgados à imprensa e abrir inquéritos com base em cartas anônimas para legalizar gravações.

No quesito inflar números, o ex-funcionário de confiança afirma que a apreensão de 18 documentos de aeronaves viravam, no balanço oficial, 18 aviões apreendidos, “embora não fosse possível saber ser as aeronaves existiam de fato”.

Há dois meses, Jedeão entregou documento ao MPF (Ministério Público Federal) com proposta de delação premiada. Sobre o sumiço de dólares, que resultou na sua demissão, o ex-funcionário disse que foi uma manobra financeira para solucionar um problema nas contas da vara e não ficou com nenhum centavo.

“Na época, ele procurou o juiz para se explicar. Odilon gravou a conversa e entregou o áudio para a Polícia Federal”, diz a reportagem publicada pela Folha de São Paulo.

Jedeão de Oliveira se tornou alvo de várias ações na Justiça Federal. Um dos processos cobra R$ 10,6 milhões. Por meio da defesa, ele sempre negou ter desviado dinheiro da 3ª Vara da Justiça Federal, onde por 21 anos foi funcionário de confiança do juiz.

Em nota, a Superintendência da PF em Mato Grosso do Sul afirmou que "em todas as suas investigações, atua dentro da mais estrita legalidade. Todas as representações e diligências são objeto de controles rígidos, seja internamente (por meio das Corregedorias), seja em âmbito externo pelos órgãos de controle".

Jedeão negou qualquer interesse eleitoral nas suas declarações, disse que não teve contato com campanhas de adversários de Odilon e afirmou que registrou o termo em cartório para preservar sua integridade física.