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Podemos, uma incógnita nas urnas

Com a senadora Soraya Thronicke no comando, o primeiro desafio do partido é juntar os cacos e se reorganizar para as eleições

Colunista da CBN CG fala sobre o destino de senadora - Foto: Bárbara Bejarano/ CBN CG
Colunista da CBN CG fala sobre o destino de senadora - Foto: Bárbara Bejarano/ CBN CG

O Podemos chega ao final do ano sem força por causa do racha provocado pela troca inesperada da presidência regional do partido. O empresário Sérgio Murilo foi apeado do cargo para dar lugar à senadora Soraya Thronicke.

A insatisfação abalou a estrutura do Podemos com ameaça de desfiliação em massa de vereadores na abertura da janela partidária. O partido elegeu mais de 30 vereadores nas eleições de 2020. Muitos deles pensam em migrar para outra legenda em abril de 2024, quando os vereadores poderão mudar de partido sem perder seus mandatos. Essa janela partidária fica “aberta” por 30 dias, seis meses antes das eleições, que ocorrerão em outubro.

Soraya tem o desafio de juntar os cacos para evitar o esvaziamento do Podemos em Mato Grosso do Sul. A ideia era reunificar o partido até o fim deste ano. Ela não o conseguiu cumprir essa meta.

O que a senadora conseguiu foi levar o Podemos para a base do governador Eduardo Riedel (PSDB). Ela está de olho em uma das duas vagas para o Senado. Mas antes, Soraya precisa construir uma base política e eleitoral, porque ela surpreendeu nas urnas em 2018 se elegendo na onda do bolsonarismo. Hoje, o ex-presidente Jair Bolsonaro quer distância dela e ela se tornou uma crítica ácida da sua atuação política. 

A senadora se aproximou do presidente Lula mais por conveniência política do que por questão ideológica.  Agora, ela precisa de uma nova identidade política. Ela não conta mais com apoio do bolsonarismo e não é bem vista pela esquerda. O caminho dela poderá ser o centro. Só que vai bater de frente com o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), um dos pré-candidato a senador.

A situação do Podemos é crítica. Isso é inquestionável e Soraya terá muito trabalho pela frente para dar uma cara nova ao partido. O problema é a falta de tempo para atrair novos vereadores e montar uma chapa competitiva para as eleições municipais.

Hoje, o futuro do Podemos no Estado é uma incógnita. Tanto pode fracassar nas urnas quanto se sair bem com a eleição de lideranças emergentes. Mas não será fácil se Soraya não impedir a desfiliação de vereadores bons de voto do partido.

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