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Repercussão

Prefeitura recua e mantém benefício a professores da rede municipal

Grupo organizado de educadores denunciou a retirada de benefícios e cobrou posicionamento de vereadores, secretária e prefeito

A Prefeitura de Paranaíba recuou e decidiu manter a promoção remunerada da segunda pós-graduação a professores da rede municipal de ensino. O anúncio foi feito pela equipe da Secretaria de Educação na tarde de segunda-feira (1), em uma reunião extraordinária na sede do Sindispar (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Paranaíba). 

O assunto foi pauta de reuniões entre vereadores, prefeito e representantes da pasta na manhã de segunda-feira, após professores procurarem a redação do JPNEWS para relatar o caso.

Acompanhada dos vereadores Adriano Caçula (PSC), Andrew Robalinho (PMDB), Edmar Pires “Dollar” (PPS), Cesar Moreth (DEM) e Lúcio Antônio Freitas (PR), a quem por algumas vezes chamou de “vereadores parceiros”, a secretária da pasta e esposa do prefeito, Solange Miziara, informou que após repercussão negativa da aprovação do projeto junto aos professores a administração reavaliou a decisão e decidiu manter a promoção remunerada pela segunda pós-graduação, porém o abono das seis faltas anuais sofrerá alteração.

Os vereadores Adriano Caçula, Andrew Robalinho, Cesar Moreth e Lúcio Antônio fizeram uso da palavra e afirmaram também ter repensado a aprovação do projeto. Moreth chegou a dizer que “cometeu um erro ao votar a favor”. Adriano e Andrew afirmaram que votaram conscientes e que haviam entendido plenamente do que se tratava a Lei Complementar. Caçula afirmou que “não imaginava que o impacto seria tão forte no orçamento dos professores”. Ambos também afirmaram que acompanhavam a decisão da prefeitura em recuar da retirada da promoção remunerada.

O vereador Ailson Freitas “Binga” (PDT), anteriormente, em entrevista ao Jornal do Povo, já havia dito “assumir o erro” e afirmou se colocar à disposição dos professores para que a decisão fosse revista, uma vez que a aprovação já estava sancionada pelo prefeito. Binga também esteve presente na reunião reiterando, em sua fala, que “sempre se colocará à disposição do povo para o que for preciso”.

Os professores afirmaram que estão insatisfeitos com a, segundo eles, "falta de diálogo e verticalização da relação entre Secretaria de Educação e educadores" e afirmaram que a classe exige que a prefeitura retome a eleição para diretores de escolas, deixando de preencher os cargos por indicações.

Ao final da reunião a secretária de Educação pediu união da classe e afirmou estar aberta a sugestões, críticas e ao diálogo com os professores. Solange afirmou que “o melhor caminho para resolução dos problemas não é a imprensa ou as redes sociais, mas sim, o diálogo”.

Em seu breve discurso, Ronaldo Miziara afirmou que “há muito fingimento no meio político” e que “não trabalha pensando em reeleição”, ao dizer que alguns políticos estariam fazendo “maldade política” já pensando nas eleições municipais de 2020.

Miziara ainda afirmou que “administrar uma cidade é como educar um filho”, completando que “nem sempre é possível dizer sim”. Ronaldo também se classificou como um “político de pulso firme”, com capacidade de tomar “medidas amargas”, quando necessário.