O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse hoje (2) que as crises políticas “normalmente são passageiras” e evitou fazer comentários sobre a situação de José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado. Sarney é alvo de denúncias e está sendo pressionado pelo PSDB, DEM e PDT a deixar temporariamente o comando da Casa.
“Não vou emitir juízo. Essa é uma questão política do Senado, e crise política se resolve com política”, disse o ministro. Ele visitou visitar Sarney para debater assuntos de interesse do Judiciário em tramitação no Congresso.
Gilmar Mendes afirmou que Sarney apenas fez um relato da atual crise vivida pelo Senado. Para o presidente do STF, “as instituições têm de ser continuamente aperfeiçoadas”.
Ele afirmou, no entanto, que as indicações para a composição do Conselho Nacional de Justiça, que precisam passar pelo aval do Senado e estão paradas por conta da crise, “está retardando” as atividades. “Continuamos trabalhando. Estamos em plena atividade, mas ajudará muito se o Senado deliberar sobre as indicações”, observou.
