Levantamento feito por técnicos do Senado nos últimos 45 dias detectou cerca de 300 atos administrativos secretos, alguns deles adotados há mais de 10 anos, relatam os repórteres Rosa Costa e Leandro Colon. Na relação aparecem nomeações de um neto do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da ex-mulher do deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), além de medidas impopulares como a extensão de assistência odontológica e psicológica vitalícia a cônjuges de ex-parlamentares. Boa parte das decisões teve o sigilo mantido pelo então diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, para agradar aos vários presidentes da Casa desde Antonio Carlos Magalhães. Sarney disse desconhecer a existência dos atos secretos e afirmou defender sua divulgação, porque "a Constituição manda".
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Senado usou 300 atos secretos para beneficiar amigos
Sarney diz desconhecer medidas