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Simone Tebet diz que CPI da Covid serviu para colocar vacina no braço do povo brasileiro

Senadora diz que é preciso marcação cerrada para o Brasil andar para frente e não para trás

Simone concedeu entrevista à TVC - Reprodução TVC
Simone concedeu entrevista à TVC - Reprodução TVC

 A senadora Simone Tebet (MDB/MS) cumpriu agenda em Três Lagoas nesta quarta-feira (3), onde se reuniu com o prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) e vereadores para discutir investimentos na cidade.

Na ocasião, concedeu entrevista ao Grupo RCN de Comunicação e fez uma avaliação do resultado da CPI da Covid. A senadora ganhou notoriedade nacional muito grande, por conta dos questionamentos que fez durante os depoimentos.

“Não imaginava ver tanta omissão dolosa por parte do governo federal, que nega ciência, que atrasou a compra de vacina. Quantas pessoas não perderam seus entes queridos pelo atraso na vacina. Esse atraso se deu porque o governo federal não fez o dever de casa no ano passado. Então, a CPI serviu para colocar vacina no braço do povo brasileiro. Se a CPI não tivesse sido instalada, não teríamos essa quantidade de pessoas já vacinadas”, disse a senadora Simone Tebet, em entrevista ao Grupo RCN de Comunicação.

De acordo com a senadora, agora o relatório da CPI está nas mãos do Ministério Público, que é a instituição com poder de denunciar e condenar aqueles que cometeram esse crime, inclusive contra a administração pública. Além da omissão, a gente vê um verdadeiro escândalo de corrupção. Gente cobrando um dólar por cada dose de vacina. Eu mesmo consegui interromper um contrato bilionário, R$ 200 milhões seriam pagos antecipadamente antes de receber a vacina Covaxin, para cair esse dinheiro no paraíso fiscal para ser dividido sei lá com quem…. um verdadeiro escândalo de corrupção”, destacou.

A senadora disse que ficou comprovado o crime de improbidade administrativa, que enseja em impeachment, mas ela não acredita que isso acontecerá, pois para a abrir um processo quem teria que fazê-lo é o presidente da Câmara, que é aliado do presidente Jair Bolsonaro. “Já estamos a um ano da eleição, não sei se nesta instabilidade política, abrir um processo, apesar de elementos, seria o momento. O que temos que fazer é marcação cerrada, porque não podemos continuar tendo um presidente que, ao invés de fazer o Brasil andar para frente, anda para trás. Essa briga com a China, por exemplo, está fazendo nossos pecuaristas sofrerem. O preço da carne absurdo, não conseguindo exportar carne, claro que tivemos o problema da vaca louca, mas ninguém me tira da cabeça que aí tem um cunho de recado: ‘Olhem, parem de xingar a China, somos parceiros de vocês, enquanto vocês fizerem assim, vai ter retaliação comercial. Taí, a China embargando nossa carne, e o povo brasileiro não conseguindo comer carne, por conta do preço da inflação e porque o preço da carne virou ouro”, disse a senadora.