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Encolheu

União Brasil é o partido mais "desfalcado" pela janela partidária em MS

Partido criado pela fusão de DEM e PSL entrou no período de trocas recheado de parlamentares, mas sai com poucos representantes

Partido criado pela fusão de DEM e PSL entrou no período de trocas recheado de parlamentares, mas sai com poucos representantes - Foto: Divulgação
Partido criado pela fusão de DEM e PSL entrou no período de trocas recheado de parlamentares, mas sai com poucos representantes - Foto: Divulgação

A janela partidária se encerrou ontem (1) em todo o país e o União Brasil, partido criado a partir da fusão de DEM e PSL, foi o principal "desfalcado". Liderado nacionalmente pelo deputado federal pernambucano Luciano Bivar e regionalmente pela senadora Soraya Thronicke, a sigla encolheu em Mato Grosso do Sul.

Detentores da maior fatia do Fundão eleitoral, os líderes do União não conseguiram nem com isso segurar na legenda nomes com mandato e que vão disputar a reeleição, situação que pode soar como ruim, mas também tem um viés positivo do ponto de vista que haverá dinheiro em caixa para a campanha com nomes sem mandato.

Soraya Thronicke comanda o União Brasil em âmbito regional

A janela partidária, restrita para deputados federais e estaduais, também se abriu para vereadores que estavam no União Brasil devido a recente fusão. Nas principais cidades do interior, o partido perdeu cadeiras nas câmaras de vereadores.

Em Ponta Porã, dos cinco parlamentares inicialmente existentes, apenas dois seguiram no partido. Contudo, Mauro Ortiz, ligado ao PSDB, recebeu aval da sigla para trocá-la pelo União sem que o mandato fosse reivindicado, fechando a bancada da nova sigla em três.

Já em Três Lagoas foram três eleitos pelo DEM e nenhum pelo PSL em 2020. Agora, nenhum deles quis mudar de partido, seguindo sob o guarda chuva do União Brasil, que em Corumbá acabou ficando sem a única cadeira na Câmara, já que Daniel Brambilla (eleito pelo PSL em 2020) migrou para o PSDB nessa "mini-janela" de vereadores.

DOURADOS E CAPITAL

Na maior cidade do interior, Dourados, algumas mudanças pegaram o público de surpresa. Uma delas foi a saída consensual de Lia Nogueira do PP para o PSDB, reforçando assim a sigla tucana na disputa por votos para cargos de deputado estadual.

Ainda no parlamento douradense, Creusimar Barbosa e Marcio Pudim seguem no União Brasil, enquanto o Juscelino Cabral sai da nova legenda e migra para o PSDB. Assim, o DEM que em 2020 elegeu quatro nomes, agora como União terá apenas dois vereadores.

Em Campo Grande, PSL e DEM tinham três vereadores: o primeiro Alírio Villasanti, do PSL, e os outros dois do DEM, Silvio Pitu e Professor Riverton. Alírio resolveu permanecer no União Brasil, enquanto Pitu e Riverton migraram para o PSD, reforçando a base aliada de Marquinhos Trad (PSD) na Câmara Municipal.

ASSEMBLEIA E BRASÍLIA

Nas esferas mais importantes, a janela geral promoveu um troca-troca que praticamente deixou zerada a participação parlamentar do União em Mato Grosso do Sul. Na Assembleia, DEM e PSL elegeram dois parlamentares cada um, mas no meio do mandato perdeu Coronel David, que conseguiu a desfiliação sem perder a cadeira ali.

Com a fusão das siglas, em tese, o partido teria três nomes, mas acabaram ficando sem nenhum: os democratas Barbosinha e Zé Teixeira rumaram, respectivamente, para PP e PSDB, enquanto o peesseelista Capitão Contar foi para o PRTB.

Na Câmara dos Deputados, Loester Trutis foi para o PL e Tereza Cristina (licenciada por atuar como ministra) foi para o PP, assim como Luiz Ovando. Contudo, Rose Modesto migrou do PSDB para o União. No Senado, o cenário permanece inalterado, com Soraya Thronicke ocupando uma cadeira naquela casa. (colaboraram Rodolfo César, Carlos Monfort, Izomar Galeano e Ana Cristina Santos)