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Vices e suplentes, mulheres ganham destaque na eleição

Elas são puxadoras de votos e, pela popularidade e expressão, mesmo sem a titularidade de cargo, devem marcar participação nos mandatos.

A exemplo do cenário nacional, as mulheres serão neste ano figuras fundamentais nas eleições sul-mato-grossenses. Apesar de nenhuma delas disputar o cargo de titular nas chapas majoritárias, Simone Tebet (PMDB), Antonieta Trad (PMDB), Gilda Gomes (PT) e Tatiana Ujacow Azambuja (PV) foram escolhidas a dedo, pela importância política que conquistaram no Estado.

Elas são puxadoras de votos e, pela popularidade e expressão, mesmo sem a titularidade de cargo, devem marcar participação nos mandatos. Na disputa nacional, Dilma Roussef (PT) e Marina Silva (PT) também fazem história neste ano.

Herdeira política do senador Ramez Tebet (PMDB), Simone já foi deputada e prefeita de Três Lagoas. Ela deixou o cargo com o objetivo de tornar “humanizar” a chapa do governador André Puccinelli.

“Todos me perguntam como eu pude largar três anos de administração por um cargo político, mas sem exercício de mandato. Eu aprendi com o meu pai que se faz política em grupo. Eu estou seguindo os meus princípios, em apoiar o projeto que acredito. Eu não me preocupei com projetos pessoais”, afirmou a candidata à vice-governadora.

A ex-prefeita disse que se André vencer a disputa, ela terá participação administrativa e não somente um papel figurativo. De acordo com a ex-prefeita, a participação dela no governo independe de ser escalada para uma secretaria.

Ela ainda não definiu se durante a campanha cumprirá agenda com o governador ou em outras regiões para atingir mais pessoas.

Candidata a 1ª suplente, Antonieta Trad diz que participa da disputa sem ambição pessoal, mas para colaborar com o deputado federal Waldemir Moka (PMDB) por acreditar na capacidade dele para ser senador. “Hoje ele é presidente da comissão mais importante da Câmara”, lembra.

Para Antonieta, a maior participação das mulheres na eleição deste ano representa o reconhecimento do trabalho e um processo natural da sociedade. “Eu não vejo como uma questão de gênero, mas de capacidade. Não tem nenhuma diferença em relação ao homem. Temos mulheres competentes, principalmente deste lado da disputa”, disse.

Antonieta disse que irá fazer campanha em alguns locais com Moka e em outros sozinha.

Esposa do ex-governador e candidato Zeca, Gilda Gomes dos Santos concorre a 1ª suplente do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT). Ela entra na disputa com a experiência de ter participado das campanhas do marido e incentiva pela candidatura da ex-ministra Dilma.

“Com certeza a candidatura de Dilma estimula as mulheres. A mulher porta a bandeira, vai para a rua”, disse. “Meu papel não é de coadjuvante. Vou ajudar a elaborar projetos e emendas para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, acrescentou.

Para Gilda, as mulheres se dedicam mais às campanhas e “não têm vergonha de olhar nos olhos dos eleitores”.

Em sua primeira disputa a um cargo político, a douradense Tatiana Ujacow quer colaborar com a campanha de Zeca do PT com propostas ambientais. Filiada ao Partido Verde, ela é advogada, professora universitária, produtora rural e evangélica.

Tatiana acredita que as mulheres são mais sensíveis aos problemas. “Eu digo que Deus é dono dos meus caminhos; É um chamado que eu recebi. O futuro depende da construção do presente. Eu me coloco à disposição da população”, afirmou.