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Editorial

A Inação e a Crise

Leia o Editorial publicado na edição do Jornal do Povo deste sábado

Uma pandemia como que enfrenta hoje a humanidade, com a diversidade de estratégias gerais das nações e comportamentos individuais das mulheres e homens levada às últimas consequências, traz também uma variedade de números, resultados e efeitos que só confirmam não existir uma fórmula única, um caminho exclusivo ou uma estratégia capaz de unir a todos.

A falta de informações globais e compartilhadas sobre o vírus causador da pandemia, a surpresa com que ele se alastrou pelos continentes e a diferença de comportamento dele em cada região, por sí só, obrigou os países a buscarem caminhos próprios. Por mais científicos que fossem  (e nem todos assim tão científicos), partiam as fórmulas de bases de dados distintas.

Assim, cada um a seu modo e todos procurando a melhor alternativa, inúmeras frentes foram abertas. Os resultados, consequentemente, não foram iguais e até hoje, com muitos países já perto de controlar a doença, enquanto em outros ela mal se instalou, não há um consenso capaz de unificar o trabalho.

O isolamento social, que permanece no centro das discussões, é um ponto apenas de um complexo campo de hipóteses.

Além de não combater e tampouco garantir que se evite a contaminação, ele é a ferramenta que se usa para contornar os colapsos nos sistema de saúde. Ou seja, retarda evita acúmulo, mas não contém a pandemia.

Só a vacina ou medicamentos comprovamente eficazes podem trazer a segurança e a paz que se espera para breve.

Assim, fica claro nesta altura da pandemia – particularmente em Mato Grosso do Sul – que o melhor enfrentamento que se possa dar a ela é a atitude pessoal de preservação. 

As regras de isolamento, os decretos e os toque de recolher são orientações, funcionam como Norte para o que deve se traduzir em conduta, atitude. 

Afinal, não sou poucos os locais onde, as transgressões aconteceram com resultados nefastos conhecidos. Poderiam ser evitadas, mas não foram por decisão de grupos que ignoraram o conjunto.

Em resumo, vencer a pandemia depende da vacina e do remédio, mas contê-la, com bom senso e inteligência é possível, mas a partir da decisão e da postura de cada um no sentido de seguir regras e orientações que a ciência aponta.

Fora disso, é brincar de roleta russa com o vírus.