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Aditivos chegam a dobrar valor de obras da Petrobrás

TCU investiga contratos da empresa, que alega fazer revisão em casos de emergência

Investigação do Tribunal de Contas da União mostra que a Petrobras tem permitido aditivos que multiplicam o valor de contratos de obras e serviços, relatam os repórteres Rodrigo Rangel e Christiane Samarco. Os orçamentos da empresa registram estouros de mais de 50%. Em dois casos (o gasoduto Urucu-Coari-Manaus e a plataforma P-56), o custo saltou de R$ 1,8 bilhão para R$ 3,6 bilhões. Houve aditivo até para pagar reivindicações salariais de empregados de empresa encarregada de uma obra. Na reforma da refinaria de Duque de Caxias, houve 24 acréscimos ao contrato. Há indícios de superfaturamento – num deles, serviços idênticos, numa mesma obra, tiveram diferença de preço de 2.000%. Sobre as acusações, a Petrobras nega falta de planejamento, alega casos de emergência e fala em "decisão estratégica".