O navio francês Pourquoi Pas saiu nesta terça-feira de Cabo Verde para participar das buscas das caixas-pretas do Airbus A330 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico depois de partir do Rio de Janeiro em direção a Paris com 228 pessoas a bordo.
O navio transporta três robôs submarinos dos quais dois podem descer a até 6 mil m de profundidade. Outro é capaz de operar durante 12 horas, circula em triângulos e é capaz de captar sinais e de apontar a localização exata da caixa-preta, segundo informou a Embaixada da França em Praia, capital de Cabo Verde.
Vários especialistas e cientistas estão a bordo do navio, assim como a equipe do Escritório de Investigação e Análise (BEA, sigla em francês), um representante da Air France e dois da Airbus. O grupo é acompanhado de quatro policiais especializado em investigação judicial.
Se os sinais da caixa-preta forem localizados pelo submarino nuclear de ataque francês Emeraude, com seus sonares ultra-sensíveis, "só o Pourquoi Pas será capaz de achar com precisão as caixas-pretas e trazê-las a bordo", informou a embaixada.
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O acidente
O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy – Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).
De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.
Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.
A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).
