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O CANDIDATO A postura do candidato republicano Mitt Romeney  enseja-nos  mergulhar na construção de uma candidatura majoritária – em qualquer nível – em regimes que sejam democráticos como Brasil e EUA.

NO CASO  de Romeney ele aproveita o vácuo de lideranças  no seu partido e as decepções e dúvidas que cercam a administração de Obama. Aliás, ambos representam exatamente a crise de liderança política vivida pelos americanos.

IMAGINE a estrutura e assessoria envolvendo a candidatura deste porte. Cada gesto e palavras são milimetricamente estudados. Não há espaço para ‘improvisos’ (“made in Lula”)  que possam motivar críticas e questionamentos na mídia.

O EXECUTIVO  tem “charme”; atrai pela caneta e o Diário Oficial. Esse olhar vale “de Terenos  até a Casa Branca”. Excluída apenas a “distância” entre ambas, o caminho a percorrer pelos pretendentes exige, no mínimo, posturas diferenciadas.

AS ELEIÇÕES  reduzem o universo e fomentam o imaginário popular. Se o americano questiona a poligamia da religião (mórmon) de Mitt Romeney, nosso eleitor interiorano não é diferente: disseca ‘até a alma’ dos  pré-candidatos.

ESTEREÓTIPOS  variam. Tancredo e Collor eram opostos em tudo. Cada qual com seu lado atraente. Assim como Kennedy, FHC, Bill Clinton, Tony Blair, Margareth Thatcher, Maluf, Erundina, ACM, Pedrossian e Lúdio .

MUDAR o personagem do candidato é errado. Nem todos têm o sorriso do Tony Blair,  tocam piano como o Maluf ou sax como Bill Clynton. Antônio Ermírio foi 10: perdeu mantendo o estilo; não se violentou e valorizou a própria imagem.

A IMAGEM está associada a reputação, caráter e trajetória pessoal. Veja: a fama de canalha acompanhou o ex-deputado Sergio Naya até a sepultura, enquanto o ex-senador  Jeferson Perez (AM)  deixou-nos um legado de honradez.

ESTIGMA é a condenação – antecipada – pela opinião pública. Impossível se livrar dele.  Na vida pública Maluf e Artuzi servem de referências: carregarão esse fardo para sempre, mesmo que sejam absolvidos pela Justiça.

O ELEITOR é critico, mas é passional e conivente. Pode isso? É seu dever ouvir, questionar, comparar e observar os políticos e candidatos. Não pode apenas preservar apenas a cesta básica, mas a dignidade de sua família.    

AVANÇOS  Um deles é a propagação das escolas profissionalizantes federais, onde o deputado Biffi tem sido o grande batalhador. Com elas nossos jovens terão maiores chances no mercado de trabalho, cada vez mais exigente.

REPETECO A polícia finge que prende; o contraventor finge que é preso. Ironias à parte, o jogo do bicho é tido como uma instituição séria, onde ‘vale o escrito’. Agora, cabe ao Governo achar uma fórmula de legalizá-lo.

O GOVERNO é o ‘rei do jogo’. Não tem sentido jogar os bicheiros na clandestinidade. O recente episódio no Rio de Janeiro mostra isso. Ora! Será que o Governo não ouve as vozes das ruas – favoráveis à legalização da ‘contravenção’?

 E PODE? Estaria ou não configurada a propaganda antecipada de Antônio João com sua foto no anúncio do PSD em ônibus urbanos da capital? Ele se diz candidato, mas a propaganda só é permitida após as convenções partidárias.

RECONHECE o TSE como propaganda quem divulga, mesmo de forma dissimulada, a candidatura ainda que ela não seja oficial. E olhe que o empresário já teve problemas com a Justiça Eleitoral pelos mesmos motivos. Não aprendeu?

RADICAIS do Governo, que idolatram a Ditadura de Fidel e  rejeitaram a Constituição, querem levar a Comissão da Verdade para rumos inoportunos. Na vida é preciso saber ‘virar a página’. O país tem novas prioridades.

BOLA CHEIA  Na edição anterior falei do reconhecimento pela revista Veja da atuação do Giroto e Fábio Trad. Mas cometi um deslize e omiti o fato de Moka ter sido apontado como 3º senador mais atuante. Fica o nosso registro.

“O PARTO” A sucessão definitiva de Marcelo Miranda no Dnit não será resolvida  a curto prazo. As circunstâncias nebulosas indicam:  os interesses políticos colidem com a capacitação profissional e perfil que o cargo exige.

É PÚBLICA  a disputa entre PT e PMDB pelo cargo. Lembram? Até o Teruel, que não é engenheiro do ramo, foi lembrado. Sem ilusões, nos bastidores, os cardeais dos dois partidos articulam para emplacar o superintendente definitivo.

SÓ ESPERANDO  Com candidato definido, o PT assiste de camarote a batalha de bastidores dos aliados de André e Nelsinho. Sonha em ser beneficiado pela eventual insatisfação de algum adversário. Mas não é bem assim.

OS ADVERSÁRIOS do PT  têm como contemplar  facilmente os partidos na administração. Prefeitura e Parque dos Poderes estão mais pertos e são mais acessíveis  do que o burocrático Palácio do Planalto.

OS PETISTAS daqui tem encontrado imensas dificuldades  em Brasília para emplacar nomeações  que contemplem companheiros e aliados.   Quantos deles estão aí no sereno esperando uma boquinha? O João Grandão foi último felizardo.