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Beleza! Nós só temos direito!

Impressionante como a Constituição Federal foi generosa  dando-nos  todos os tipos de direitos. Num piscar de olhos ‘entramos’ no Primeiro Mundo, deixando para traz todos os tipos de problemas.

Essa cultura dos direitos se espalhou  e provocou efeitos questionáveis em nosso dia a dia. No afã de defender seus direitos, o brasileiro às vezes não cumpre suas obrigações ou deixa escapar a chance de mostrar seu talento e assim ocupar maior espaço profissional em sua área de atuação.

Só um exemplo. Você já percebeu? Também na iniciativa privada, o desfrute do horário do almoço e o término da jornada diária é uma obsessão. Trabalha-se contando os minutos. Há falta de esforço maior,  comprometimento,  de entrega, de satisfação de servir aos interesses do patrão. É como se o salário e outros benefícios não dependessem da atuação do empregado.

No Brasil o empregado não sonha tornar-se patrão um dia. Suas ambições profissionais baseiam-se na lei do menor esforço esperando a medíocre aposentadoria. O pior: vê o patrão como implacável explorador e não como mestre, amigo das horas difíceis.   

Infelizmente o brasileiro não toma como exemplos empresários de sucesso que começaram como empregados leais e dedicados. Gosto de citar casos de muitos portugueses que chegaram ao Brasil  trabalhando como braçais  e se tornaram comerciantes prósperos. Tinham tesão e sonhos maiores.

Coitado do nosso empresário. Se não bastasse a carga tributária gigantesca  e a terrível burocracia, ainda depende da mão de obra que só enxerga direitos.

Ora! É elementar, direitos geram obrigações em todo o Mundo.

Com exceção do Brasil.