Os bens deixados por Clodovil Hernandez continuam gerando muita polêmica. Nas últimas semanas, a advogada Maria Hebe Pereira de Queiroz, indicada pelo estilista, artista e político como sua testamenteira, vem enfrentando cobranças de amigos dele. Enquanto alguns querem saber se ela constituirá uma comissão para gerir e supervisionar os bens do falecido, outros não se conformam com a doação dos cães, que eram uma grande paixão de Clodovil.
Enquanto os pedidos de inventário e testamento, feitos pela advogada, não são liberados pelo Ministério Público, ela analisa os posts colocados por Meg Ramos (assessora parlamentar) no blog de Clodovil. Isso, para saber a melhor medida a ser tomada nos próximos dias, já que vê sua imagem denegrida por essas mensagens.
“Viajei para o exterior e, quando retornei, me deparei com uma carta que foi postada no blog do deputado exigindo mil explicações. Se ele confiasse tanto nessas pessoas, com certeza teria nomeado uma delas em meu lugar. Só devo explicações ao Ministério Público”, diz Maria Hebe, que pedirá à Justiça o direito de cuidar também do blog de Clodovil, que continua sendo atualizado pela antiga assessora do parlamentar.
“Não aceito cobranças indevidas. Estou agindo com ética e transparência. Proibi a entrada de qualquer pessoa na casa e fotografei todos os bens de Clodovil, para evitar qualquer problema. Não há nada de tão caro, mas não quero ter problemas futuros”, garante a advogada.
Em contrapartida, Meg Ramos – amiga de 40 anos e assessora parlamentar dele – planeja lançar outro blog para continuar "mantendo viva a memória de Clodovil".
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“Espero que não menosprezem minha inteligência. Noto que certas pessoas gostariam que a memória dele caísse no esquecimento. Mas não permito. Se não tiver liberdade para falar tudo que sei sobre a trajetória do Clodovil, criarei outro espaço para isso”, garante Meg Ramos.
Ao contrário do que diz Maria Hebe, a assessora parlamentar afirma que a mansão de Clodovil em Ubatuba, litoral norte paulista, guarda muitos bens valiosos.
“Clodovil aplicava tudo o que ganhava, em sua casa. Seja em objetos de decoração, como em suas coleções de DVDs e livros catalogados, bengalas importadas, jarras de cristal, guarda-chuvas de grife e muitas jóias, como uma gravata borboleta confeccionada com 1.200 diamantes, que usou no Réveillon”, explica Meg, que ainda indaga:
“A postura da doutora ainda vai causar muita polêmica. Amigos do deputado querem saber o motivo dela ter doado o Pandero, um de seus cachorros, para um amigo. A justiça já a autorizou a tomar esse tipo de atitude”?
