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Divididos

Caminhoneiros de MS não devem aderir a greve do dia 1º

Greve dos caminhoneiros está marcada para segunda-feira dia 1º - Money Times
Greve dos caminhoneiros está marcada para segunda-feira dia 1º - Money Times

Os caminhoneiros de Mato Grosso do Sul está divididos com relação a greve prevista pelo movimento nacional para segunda-feira (1º).Centrais Sindicais lançaram quinta-feira (28) nota de apoio à greve marcada por caminhoneiros para o dia 1.° de novembro. A greve, em protesto aos constantes reajustes de preços da Petrobras, tentou ser desmobilizada pelo presidente Jair Bolsonaro com a promessa de beneficiar pelo menos 750 mil caminhoneiros com o auxílio diesel no valor de R$ 400, anunciado na quinta-feira (21). O compromisso assumido pelo presidente, contudo, não agradou à categoria, que manteve a realização do movimento para a próxima segunda-feira.

Eles também discordam sobre os benefícios do congelamento do ICMS sobre combustíveis nos próximos 90 dias em todo o Brasil. Parte deles afirma que o congelamento não muda em nada para a categoria e outros acreditam que a medida dará fôlego aos trabalhadores.

Marcelo Silva Lima, de 55, que é caminhoneiro, diz ser apoiador de Jair Bolsonaro, e embora o presidente culpe o ICMS pelas altas do diesel, não crê que o congelamento do imposto estadual vá ajudar. Ele cita que, mesmo Mato Grosso do Sul já praticando o congelamento há nove meses, a categoria não sentiu diferença no bolso. “Ainda hoje estava comentando com uns amigos, que o governo estadual tem que baixar o ICMS e não congelar. Isso que o Confaz fez não vai mudar em nada porque passado esses 90 dias, o baque vai ser maior. Tenho quase certeza de que o reajuste será maior depois. E, em relação ao Estado, na minha visão esse congelamento não foi sentido.”

Ele afirma que caminhoneiros do Estado não devem aderir à greve. “Eu não participo de greve e não estou vendo nada desse movimento em MS.” O presidente do Sindicam-MS (Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Mato Grosso do Sul), Osni Bellinati, é contraditório no posicionamento, já que, ao mesmo tempo que faz críticas ao governador Reinaldo Azambuja e diz que não houve reflexo positivo no congelamento do ICMS no Estado, acredita que agora, com interferência do Confaz, as coisas irão mudar.

Decreto

Em tomada de decisão para reduzir impostos, o governo do Estado publicou, no Diário Oficial de quarta-feira (27), o Decreto nº 15.795, com redução da carga tributária do ICMS sobre o transporte para produtos não agropecuários para outros estados. A publicação foi assinada pelo governador e pelos secretários Felipe Mattos (Sefaz) e Jaime Verruck (Semagro).