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Caminhoneiros pedem intervenção de Dilma para resolver problemas da categoria

Representantes de sindicatos de caminhoneiros reuniram-se hoje (14) com a chefe da Casa Civil da Presidência da República

Representantes de sindicatos de caminhoneiros reuniram-se hoje (14) com a chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministra Dilma Rousseff, para discutir dois dos principais problemas da categoria: o alto preço do óleo diesel e a dificuldade para pagar o financiamento dos veículos com a desaceleração da atividade econômica, provocada pela crise financeira internacional.

De acordo com estimativas dos sindicalistas, o óleo diesel representa entre 40% e 50% da planilha de custos do frete. Quanto ao financiamento, eles pediram à ministra que o governo interceda nos bancos privados para ampliar os prazos de pagamento.

No caso dos bancos públicos, já foi alongado o prazo para quem financiou a compra de caminhões. Segundo o presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro, Nélio Botelho, cerca de 80% dos financiamentos para compra de caminhões no período pré-crise foram feitos em bancos privados.

“Transmitimos à ministra que a crise econômica está atingindo em cheio os caminhoneiros e somos nós que transportamos a economia do país”, disse Nélio Botelho.

Os representantes dos caminhoneiros atribuem a dificuldade para pagar os financiamentos ao alto preço do combustível e à diminuição do número de fretes que têm feito. Eles estimam que a queda esteja em torno de 50%, tanto em quantidade quanto em valor, desde o início da crise.

A categoria reclama também do alto preço dos pedágios pagos nas estradas. Um exemplo apresentado foi o do trecho entre a cidade paulista de Bebedouro e o Porto de Santos, também em São Paulo, que totaliza 480 quilômetros. O frete pago para essa viagem é de R$ 1,6 mil e o pedágio sai por R$ 630.

Segundo o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, Antonio Fernandes Neto, após ouvir o relato das dificuldades dos caminhoneiros, a ministra Dilma Rousseff mostrou-se sensibilizada e se propôs a buscar soluções para os problemas. “Ela disse que vai buscar alternativas”, afirmou o sindicalista.