O Brasil recebeu nesta-feira (29), o primeiro lote de vacinas da farmacêutica americana Pfizer, produzida em parceria com o laboratório alemão BionTech. A remessa tem 1 milhão de doses que devem ser distribuídas igualmente aos estados. Em Mato Grosso do Sul, apenas Campo Grande ficará com as 7.020 doses previstas.
A decisão leva em consideração o fato do imunizante ser armazenado em temperaturas entre 90ºC e 60ºC, negativos. Por 14 dias, as doses podem ficar em ultracongeladores nas temperaturas entre 25ºC e 15ºC negativos mas, depois do período, precisam retornar para a temperatura recomendada.
Por esse motivo, e por depender de ultracongelador, as doses da Pfizer serão destinadas apenas para a capital do Estado. O imunizante será acondicionado em freezers cedidos pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), em parceira com a SES (Secretaria de Estado de Saúde).
Cuidados
A perda de doses de vacinas contra a Covid-19 tem gerado preocupação na população e autoridades de saúde em meio à falta de vacinas para imunizar a população. De acordo com a especialista em logística de vacina e Cadeia de Frio, Liana Montemor, é preciso planejamento para evitar esse tipo de prejuízo.
“É preciso garantir a temperatura ideal, mantendo a integridade e a qualidade da vacina para que tenhamos uma população imunizada e não apenas vacinada”, explica.
De acordo com a especialista, embalagens universais são confeccionadas para atender as variações de temperatura em cada estado brasileiro.
Uso da Pfizer
A vacina da Pfizer apresenta eficácia global de 95% nos testes e de 94% em pessoas com mais de 65 anos.
O imunizante chega ao Brasil com atraso de 4 meses, porque a primeira proposta da fabricante foi rejeitada pelo governo federal. O vôo com o carregamento saiu da Bélgica, fez escala em Miami, nos Estados Unidos, e desembarcou em Campinas (SP).
Acordo prevê que 100 milhões de doses sejam entregues ao Brasil.
O esquema de imunização ocorre em duas doses, com intervalo de 21 dias. Poderão ser imunizadas pessoas com 16 anos ou mais.
