Violência contra as mulheres indígenas e relacionamento abusivo, essas foram as duas reportagens da CBN Campo Grande que ficaram no pódio do 3º Prêmio de Jornalismo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. As matérias foram produzidas em agosto e o resultado foi divulgado na última sexta-feira (29), no Diário Oficial do TJ-MS.
A reportagem da Giovanna Dauzacker, Isabelly Melo e Rosana Siqueira ficou em segundo lugar na premiação. As jornalistas falaram sobre a violência contra as mulheres indígenas, após o tema ganhar notoriedade com o caso da menina Rayssa, de apenas 11 anos de idade. Da etnia Garani Kaiowá, ela foi brutalmente assassinada depois de sofrer estupro coletivo. O fato aconteceu no início de agosto, próximo à aldeia Bororó, na reserva indígena de Dourados, onde ela e a família viviam.
Infelizmente, Rayssa é apenas uma das muitas mulheres vítimas de abuso na localidade, que abriga mais de 18% dos indígenas de Mato Grosso do Sul. Segundo dados do Tribunal de Justiça do Estado (TJMS), em 2020, o número representou 10% dos 61 casos de feminicídio que ocorreram, sejam em tentativas ou consumados.
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Em terceiro lugar ficou a matéria sobre relacionamentos abusivos. A jornalista Ingrid Rocha conversou com mulheres que já tiveram companheiros que cometiam violência psicológica e elas disseram como foi essa triste experiência e o que fizeram para sair disso.
Na matéria tem ainda uma entrevista com uma psicóloga que orienta a como identificar os sinais deste tipo de relacionamento e um projeto de Lei que pretende levar o assunto para as escolas.
