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Celular pode desencadear grave síndrome em crianças

Pediatra explica os perigos da síndrome Chupeta Emocional em crianças

Ouso excessivo de telas, como celular, tablet e televisão, por crianças pode prejudicar o desenvolvimento social e cognitivo. Além disso, pode impactar na saúde, com o desenvolvimento da obesidade e problemas de visão. O alerta é da Sociedade Brasileira de Pediatria e a pediatra Liliane Coutrin explica os riscos da Síndrome da Chupeta Emocional.

Segundo a especialista, muitos pais recorrem à tecnologia na rotina como tentativa de acalmar os pequenos. “Não é proibido. Mas é necessário cautela. Principalmente com relação à idade que essa criança tem por conta da formação cognitiva dela”, explica.

A pediatra pontua que para crianças menores de 18 meses, o ideal é evitar o uso de mídia de tela diferente de bate-papo por vídeo. “Chamadas por vídeos com parentes, como avós que moram longe é interessante com o objetivo de promover a interação”, pontua.

Os pais de crianças de 18 a 24 meses de idade que desejarem introduzir mídia digital devem escolher uma programação de alta qualidade e assistir com os filhos para ajudá-los a entender o que estão vendo.
Para crianças de dois a cinco anos, o limite de uso da tela é de uma hora por dia. “Os pais devem supervisionar as mídias com as crianças para ajudá-los a entender o que estão vendo e aplicá-lo ao mundo ao seu redor. Escolher conteúdos mais lúdicos e educativos”, acrescenta Countrin.

Para crianças com seis anos de idade ou mais, o ideal é estabelecer limites consistentes para o tempo gasto usando a mídia e os tipos de mídia. “As telas não podem substituir o sono adequado, a atividade física e outras atividades essenciais à saúde”, complementa.

NA PRÁTICA

Ellen Lopes é mãe do Guilherme, de dois anos. O celular na casa da família é permitido, mas com restrições. “Tudo o que ele vê é supervisionado por mim e meu marido. Além disso, ele não passa longas horas seguidas em frente ao celular. Não é proibido e permito o uso para recreação e distração. Ou, às vezes, para acalmá-lo. É um recurso para os pais, mas não é o único”, opina.